Para o projeto ArTeMs, foram selecionadas obras de Marcelo Tinoco com inspiração em jardins ornamentais tropicais: referências como Burle Marx, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o Royal Botanic Garden de Londres e o Jardim do Museu de Inhotim estão aqui presentes. A obra atinge a maioridade ao ultrapassar os limites do registro, levando a imagem para a era da pós-produção digital: a soma, em uma mesma imagem, das noções de pintura e fotografia, produz sensações visuais por meio do exagero e da intensidade das cores usadas.

“Quando posamos para uma câmera fotográfica, geralmente ficamos parados, pois a imagem também será fixa. Quando posamos para uma câmera de vídeo, geralmente o fazemos em movimento, pois a imagem também estará em movimento. Assim, quando posamos para algo, geralmente imitamos o meio que irá nos registrar. Se a imagem é parada, ficamos parados; se ela estiver em movimento, também nos movimentamos. Assim, me pergunto: Como posar para as flores? Como posar para a natureza nos fotografar?”

Uma instalação revestida de grama sintética, cores e bichos cobre os caixas eletrônicos do Banco Santander. O artista escolhe as curvas no momento da montagem, descobrindo as formas que farão parte do desenho.

Esta instalação emula o processo da tatuagem, por meio da qual Jotapê Pabst faz uma leitura do ATM: é como se ele fosse um corpo a ser tatuado. Seguindo esse processo, o tatuador tira os moldes dos terminais e planeja os desenhos, que são compostos para criar uma peça totalmente preenchida graficamente. Em tatuagem, quando um corpo é inteiramente coberto (pernas, braços, costas, etc), diz-se que foi feito um bodysuit.

Presto cobriu integralmente os ATMs com pinturas em spray, além de assemblagens, que são pequenas colagens de objetos em relevo. O uso do spray é o ponto principal no trabalho do artista, um dos principais nomes da arte urbana em São Paulo. Uma das coisas mais impressionantes é ver a diferença de escala que ele consegue alcançar com o mesmo material: latas de spray.

Rafael Silveira e Flávia Itiberê produziram uma instalação criada a partir da técnica do bordado com fios têxteis trançados, amarrados e pendentes. Essas são algumas das técnicas que a dupla vem desenvolvendo desde sua exposição no Museu Oscar Niemeyer, em 2014, onde apareceram em forma de instalação imersiva, com peças soltas no espaço expositivo gerando grandes sombras desenhadas nas paredes.

Lau Guimarães preparou uma série de lambe-lambes com os quais criou uma “parede poética” ao utilizar a superfície de vários ATMs instalados lado a lado. Os cartazes poéticos pelos quais a artista é conhecida, principalmente os trabalhos presentes nas ruas, são sempre muito coloridos e formam conjuntos de grande impacto visual.

Uma instalação revestida de grama sintética, cores e bichos cobre os caixas eletrônicos do Banco Santander. O artista escolhe as curvas no momento da montagem, descobrindo as formas que farão parte do desenho.

Lau Guimarães preparou uma série de lambe-lambes com os quais vai criar uma “parede poética” ao utilizar a superfície de vários ATMs instalados lado a lado. Os cartazes poéticos pelos quais a artista é conhecida, principalmente os trabalhos presentes nas ruas, são sempre muito coloridos e formam conjuntos de grande impacto visual.

Como artista urbano, uma das principais características é a energia de sua pintura, que chamamos de action painting. Usando materiais e técnicas simples, como spray, rolinhos e tinta acrílica, o artista trabalha com velocidade, vencendo grandes áreas e empenas de prédio, viadutos e outras.

Os ATMs foram cobertos com folhas de ouro sintético – folhas douradas finíssimas e muito reluzentes, que são coladas com uma técnica antiga, a mesma que se usava com intensidade no Barroco para recobrir o mobiliário e as esculturas dos altares. Por meio desta instalação, seu objetivo é provocar uma reflexão sobre os valores simbólicos da arte, os valores históricos do ouro e os objetivos do papel moeda.

Os ATMs foram cobertos com folhas de ouro sintético – folhas douradas finíssimas e muito reluzentes, que são coladas com uma técnica antiga, a mesma que se usava com intensidade no Barroco para recobrir o mobiliário e as esculturas dos altares. Por meio desta instalação, seu objetivo é provocar uma reflexão sobre os valores simbólicos da arte, os valores históricos do ouro e os objetivos do papel moeda.

“Meu projeto para o ArTeMs Santander consiste em intervenções feitas com painéis de madeira pinus pintados com tintas spray. A madeira é previamente recortada com máquina Router de laser de alta precisão, e cada recorte tem formatos diferentes e é pintado com cores diversas. Quando as partes se unem, assemelham-se a um jogo de quebra-cabeça. Estes painéis ocupam as superfícies inferiores e superiores dos caixas eletrônicos e não interferem em sua funcionalidade.”

Os caixas eletrônicos são cobertos de falsos cristais, com um desenho inspirado nas coroas e joias das aristocracias europeias. O efeito é sedutor, em contraste com a arquitetura prática das agências.

Foram instaladas joaninhas (esculturas de madeira em tamanho natural) em pontos estratégicos dos caixas eletrônicos, para que as pessoas possam, despretensiosamente, encontrá-las e serem surpreendidas por um pequeno suspiro de poesia, de boas energias, e, por que não, de felicidade.

"Uma construção feita por meio das cores que brotam de minhas memórias da infância ribeirinha e da sabedoria da geometria cabocla, cujas origens vêm das frutas e das plumas das aves".

Os desenhos feitos para as carenagens dos caixas eletrônicos são padrões executados em material industrial, borracha ou asfalto. Estes desenhos fazem parte de uma pesquisa sobre padronagens e abstração de diferentes fontes, como um hábito antigo da humanidade, que procurava repetição e transe em ordenamentos estéticos.

“O projeto ‘Encaixas’ segue minha pesquisa de materiais e processos, investigando a relação entre superfície e suporte, uso e desgaste, extinção e memória. O projeto consiste na intervenção de três caixas eletrônicos. Utilizei plotagens sobrepostas nos caixas e nas paredes entre eles, as quais foram feitas a partir de uma colagem, usando reproduções de partes de máquinas de caixas eletrônicos. A proposta é utilizar imagens genéricas e reconfigurá-las por meio do desenho, colagem e escaneamentos, cortando, sobrepondo e espelhando-as a ponto de transformá-las quase que em abstrações.”

Foram instaladas joaninhas (esculturas de madeira em tamanho natural) em pontos estratégicos dos caixas eletrônicos, para que as pessoas possam, despretensiosamente, encontrá-las e serem surpreendidas por um pequeno suspiro de poesia, de boas energias, e, por que não, de felicidade.

A obra “Ideogramas de Ordem” propõe uma imersão ampliada dentro do leitor de código de barras – um tipo de escâner que emite um raio vermelho que percorre todas as barras, o primeiro sistema de codificação de produtos. “Ideogramas de Ordem” está entregue unicamente à sua capacidade de intuir as significações potenciais da forma abstrata no espaço abstrato; de torná-los concretos, inseri-los no espaço social como expressão artística.

Ao emprestar elementos da arquitetura vernacular, comumente observados em cidades do grande ABC e nos bairros fronteiriços da cidade de São Paulo, revela-se uma carga poética e simbólica presentes no dia a dia. Deste modo, as intervenções nos ATMs contam com materialidades comuns, ressignificadas com intentos poéticos.

Para a instalação do Banco Santander, alguns espaços dos caixas foram cobertos com peças de crochê coloridas, que têm a intenção de transportar o público por meio de memórias e lembranças afetivas.

Para o projeto ArTeMs, foram selecionadas obras de Marcelo Tinoco com inspiração em jardins ornamentais tropicais: referências como Burle Marx, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o Royal Botanic Garden de Londres e o Jardim do Museu de Inhotim estão aqui presentes. A obra atinge a maioridade ao ultrapassar os limites do registro, levando a imagem para a era da pós-produção digital: a soma, em uma mesma imagem, das noções de pintura e fotografia, produz sensações visuais por meio do exagero e da intensidade das cores usadas.

Celina Portella intervém nos caixas eletrônicos com imagens de pessoas. Corpos retratados em situação de tensão, contidos num espaço circunscrito, parecem sustentar parte da estrutura das máquinas. Figuras comuns, impressas em tamanho real, interagem com as formas da estrutura, criando uma conexão entre fotografia e matéria.

As obras produzidas para o projeto ArTeMs especulam sobre os dados e informações que conformam o universo das transações econômicas. São uma tentativa de dar forma à imaterialidade dos fluxos de capital, que, embora desconhecendo fronteiras, impactam no território com a velocidade da luz. Elas foram produzidas utilizando processos computacionais generativos, algoritmos de computador que criam a partir de regras matemáticas.

O universo visual da infância e a construção de um imaginário sobre este período permeiam a obra de Flávia Junqueira desde seus primeiros trabalhos. Por meio de fotografias encenadas (imagens construídas para a câmera fotográfica), instalações com elementos infantis e apropriação de elementos lúdicos, a artista propõe, para a intervenção nos caixas eletrônicos do Santander, três colagens digitais que produzem um deslocamento do público, com o intuito de transportá-lo para o mundo de sonhos dos parques de diversões.

“As esculturas de Kachani colocam-se no centro do debate contemporâneo sobre as identidades fluidas e a transformação da natureza em cultura e vice-versa. Mas falar nesses termos é, em última instância, falar de narrativas. Tanto não há algo hoje que possa ser definido como natureza em si (no sentido de que exista sem modificações técnicas) como também algo que possa ser firmemente delimitado como cultura ou identidade autóctones.” (Taisa Palhares)

“Quando posamos para uma câmera fotográfica, geralmente ficamos parados, pois a imagem também será fixa. Quando posamos para uma câmera de vídeo, geralmente o fazemos em movimento, pois a imagem também estará em movimento. Assim, quando posamos para algo, geralmente imitamos o meio que irá nos registrar. Se a imagem é parada, ficamos parados; se ela estiver em movimento, também nos movimentamos. Assim, me pergunto: Como posar para as flores? Como posar para a natureza nos fotografar?”

Quando vista muito de perto, qualquer fotografia se fragmenta em pontos de cor. Este trabalho materializa esse aparato, retirando a imagem da cena e trabalhando a menor partícula da imagem fotográfica, que são as cores que compõem esses sistemas. Ao mesmo tempo, transfere o que seria a imagem propriamente dita para um imaginário recriado a partir de textos poéticos. Em três agências do Santander, um conjunto de três caixas eletrônicos foi adesivado com as cores dos sistemas acima. Em cada um foi colocado um texto poético para ser levado para casa pelos clientes.

Quando vista muito de perto, qualquer fotografia se fragmenta em pontos de cor. Este trabalho materializa esse aparato, retirando a imagem da cena e trabalhando a menor partícula da imagem fotográfica, que são as cores que compõem esses sistemas. Ao mesmo tempo, transfere o que seria a imagem propriamente dita para um imaginário recriado a partir de textos poéticos. Em três agências do Santander, um conjunto de três caixas eletrônicos foi adesivado com as cores dos sistemas acima. Em cada um foi colocado um texto poético para ser levado para casa pelos clientes.

Nesta série, o artista gera essas escalas cromáticas “seguras” e as reproduz em diferentes meios, adicionando mais uma camada de subjetividade na relação pretensiosamente objetiva entre o olho humano, a máquina e a percepção visual da cor.

O universo visual da infância e a construção de um imaginário sobre este período permeiam a obra de Flávia Junqueira desde seus primeiros trabalhos. Por meio de fotografias encenadas (imagens construídas para a câmera fotográfica), instalações com elementos infantis e apropriação de elementos lúdicos, a artista propõe, para a intervenção nos caixas eletrônicos do Santander, três colagens digitais que produzem um deslocamento do público, com o intuito de transportá-lo para o mundo de sonhos dos parques de diversões.

Quando vista muito de perto, qualquer fotografia se fragmenta em pontos de cor. Este trabalho materializa esse aparato, retirando a imagem da cena e trabalhando a menor partícula da imagem fotográfica, que são as cores que compõem esses sistemas. Ao mesmo tempo, transfere o que seria a imagem propriamente dita para um imaginário recriado a partir de textos poéticos. Em três agências do Santander, um conjunto de três caixas eletrônicos foi adesivado com as cores dos sistemas acima. Em cada um foi colocado um texto poético para ser levado para casa pelos clientes.

O universo visual da infância e a construção de um imaginário sobre este período permeiam a obra de Flávia Junqueira desde seus primeiros trabalhos. Por meio de fotografias encenadas (imagens construídas para a câmera fotográfica), instalações com elementos infantis e apropriação de elementos lúdicos, a artista propõe, para a intervenção nos caixas eletrônicos do Santander, três colagens digitais que produzem um deslocamento do público, com o intuito de transportá-lo para o mundo de sonhos dos parques de diversões.

Nesta série, o artista gera essas escalas cromáticas “seguras” e as reproduz em diferentes meios, adicionando mais uma camada de subjetividade na relação pretensiosamente objetiva entre o olho humano, a máquina e a percepção visual da cor.

Rafael Silveira e Flávia Itiberê produziram uma instalação criada a partir da técnica do bordado com fios têxteis trançados, amarrados e pendentes. Essas são algumas das técnicas que a dupla vem desenvolvendo desde sua exposição no Museu Oscar Niemeyer, em 2014, onde apareceram em forma de instalação imersiva, com peças soltas no espaço expositivo gerando grandes sombras desenhadas nas paredes.

O artista se inspirou na sticker culture, com a qual sempre esteve engajado, e na tradição popular de “colecionar” adesivos em mobiliário pessoal, assim como em computadores e geladeiras. Na gráfica dos adesivos, Alê utilizou uma figura que representa uma boca ou um beijo e relacionou essa imagem recorrente com símbolos de alerta, como “infectado”, “reciclado” e “inflamável”.

Esta instalação emula o processo da tatuagem, por meio da qual Jotapê Pabst faz uma leitura do ATM: é como se ele fosse um corpo a ser tatuado. Seguindo esse processo, o tatuador tira os moldes dos terminais e planeja os desenhos, que são compostos para criar uma peça totalmente preenchida graficamente. Em tatuagem, quando um corpo é inteiramente coberto (pernas, braços, costas, etc), diz-se que foi feito um bodysuit.

Seres que se espalham pela cidade à procura de um lugar para respirar, oxigenar as ideias e divertir quem passar por eles – ou melhor, elas! As minhocas da artista Erica Mizutani aparecem pela metrópole, com suas listras coloridas e formas orgânicas, que emitem uma desajeitada sensação de fofura e estranheza. Na natureza, esses bichinhos nutrem a terra e, coletivamente, são criaturas fundamentais para que tudo cresça e floresça de uma maneira linda e perfeita. Os ATMs das agências Santander foram invadidos por esses pequenos seres, causando sensações e surpresas em quem por eles passar, sejam crianças ou adultos: as Mizunhocas querem mesmo é fazer as pessoas sorrirem!

Para os ATMs, Melim produziu uma pintura original para cada agência. O estêncil é uma técnica de reprodução de imagens por meio de máscaras recortadas, através das quais o artista imprime imagens previamente desenhadas.

Como artista urbano, uma das principais características é a energia de sua pintura, que chamamos de action painting. Usando materiais e técnicas simples, como spray, rolinhos e tinta acrílica, o artista trabalha com velocidade, vencendo grandes áreas e empenas de prédio, viadutos e outras.

Os ATMs foram cobertos com folhas de ouro sintético – folhas douradas finíssimas e muito reluzentes, que são coladas com uma técnica antiga, a mesma que se usava com intensidade no Barroco para recobrir o mobiliário e as esculturas dos altares. Por meio desta instalação, seu objetivo é provocar uma reflexão sobre os valores simbólicos da arte, os valores históricos do ouro e os objetivos do papel moeda.

Esta instalação emula o processo da tatuagem, por meio da qual Jotapê Pabst faz uma leitura do ATM: é como se ele fosse um corpo a ser tatuado. Seguindo esse processo, o tatuador tira os moldes dos terminais e planeja os desenhos, que são compostos para criar uma peça totalmente preenchida graficamente. Em tatuagem, quando um corpo é inteiramente coberto (pernas, braços, costas, etc), diz-se que foi feito um bodysuit.

A obra se propõe a criar uma experiência visual óptica entre o caminho percorrido do usuário e a máquina de atendimento, gerando, nesse percurso, um efeito de movimento visual, com a intenção de provocar no público a sensação de estar entrando em um portal.

Uma instalação que traz como referência estética os moinhos de orações do budismo e também as colunas de postos de lavagem automotiva, como os dos lava-jatos automatizados.

Foram instaladas joaninhas (esculturas de madeira em tamanho natural) em pontos estratégicos dos caixas eletrônicos, para que as pessoas possam, despretensiosamente, encontrá-las e serem surpreendidas por um pequeno suspiro de poesia, de boas energias, e, por que não, de felicidade.

As pinturas a seco remetem a processos arqueológicos de uma ruína contemporânea, revelando marcas e memórias, não só pelas composições apresentadas, mas pelo material e processo por meio dos quais essas imagens acontecem. Essas pinturas são feitas por processos de subtração, em que se corta e raspa camadas de tintas, massas e rebocos presentes em uma parede.

O projeto ArTeMs propõe que artistas elaborem propostas plástico-pictóricas a objetos existentes e concebidos para uso público e prático: os caixas eletrônicos de bancos para saque de dinheiro. Estes, por sua vez, passam a receber visualidade lúdica por meio das diferentes concepções dos artistas participantes, com extensões de seus variados suportes de criação – escultura, pintura, fotografia, desenho, gravura –, em propostas tridimensionais ou planas aplicadas ao objeto ready-made e industrial.

“Meu projeto para o ArTeMs Santander consiste em intervenções feitas com painéis de madeira pinus pintados com tintas spray. A madeira é previamente recortada com máquina Router de laser de alta precisão, e cada recorte tem formatos diferentes e é pintado com cores diversas. Quando as partes se unem, assemelham-se a um jogo de quebra-cabeça. Estes painéis ocupam as superfícies inferiores e superiores dos caixas eletrônicos e não interferem em sua funcionalidade.”

As pinturas a seco remetem a processos arqueológicos de uma ruína contemporânea, revelando marcas e memórias, não só pelas composições apresentadas, mas pelo material e processo por meio dos quais essas imagens acontecem. Essas pinturas são feitas por processos de subtração, em que se corta e raspa camadas de tintas, massas e rebocos presentes em uma parede.

“O projeto ‘Encaixas’ segue minha pesquisa de materiais e processos, investigando a relação entre superfície e suporte, uso e desgaste, extinção e memória. O projeto consiste na intervenção de três caixas eletrônicos. Utilizei plotagens sobrepostas nos caixas e nas paredes entre eles, as quais foram feitas a partir de uma colagem, usando reproduções de partes de máquinas de caixas eletrônicos. A proposta é utilizar imagens genéricas e reconfigurá-las por meio do desenho, colagem e escaneamentos, cortando, sobrepondo e espelhando-as a ponto de transformá-las quase que em abstrações.”

O projeto ArTeMs propõe que artistas elaborem propostas plástico-pictóricas a objetos existentes e concebidos para uso público e prático: os caixas eletrônicos de bancos para saque de dinheiro. Estes, por sua vez, passam a receber visualidade lúdica por meio das diferentes concepções dos artistas participantes, com extensões de seus variados suportes de criação – escultura, pintura, fotografia, desenho, gravura –, em propostas tridimensionais ou planas aplicadas ao objeto ready-made e industrial.

As pinturas a seco remetem a processos arqueológicos de uma ruína contemporânea, revelando marcas e memórias, não só pelas composições apresentadas, mas pelo material e processo por meio dos quais essas imagens acontecem. Essas pinturas são feitas por processos de subtração, em que se corta e raspa camadas de tintas, massas e rebocos presentes em uma parede.

A obra “Ideogramas de Ordem” propõe uma imersão ampliada dentro do leitor de código de barras – um tipo de escâner que emite um raio vermelho que percorre todas as barras, o primeiro sistema de codificação de produtos. “Ideogramas de Ordem” está entregue unicamente à sua capacidade de intuir as significações potenciais da forma abstrata no espaço abstrato; de torná-los concretos, inseri-los no espaço social como expressão artística.

Os desenhos feitos para as carenagens dos caixas eletrônicos são padrões executados em material industrial, borracha ou asfalto. Estes desenhos fazem parte de uma pesquisa sobre padronagens e abstração de diferentes fontes, como um hábito antigo da humanidade, que procurava repetição e transe em ordenamentos estéticos.

“As esculturas de Kachani colocam-se no centro do debate contemporâneo sobre as identidades fluidas e a transformação da natureza em cultura e vice-versa. Mas falar nesses termos é, em última instância, falar de narrativas. Tanto não há algo hoje que possa ser definido como natureza em si (no sentido de que exista sem modificações técnicas) como também algo que possa ser firmemente delimitado como cultura ou identidade autóctones.” (Taisa Palhares)

Para o projeto ArTeMs, foram selecionadas obras de Marcelo Tinoco com inspiração em jardins ornamentais tropicais: referências como Burle Marx, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o Royal Botanic Garden de Londres e o Jardim do Museu de Inhotim estão aqui presentes. A obra atinge a maioridade ao ultrapassar os limites do registro, levando a imagem para a era da pós-produção digital: a soma, em uma mesma imagem, das noções de pintura e fotografia, produz sensações visuais por meio do exagero e da intensidade das cores usadas.

As obras produzidas para o projeto ArTeMs especulam sobre os dados e informações que conformam o universo das transações econômicas. São uma tentativa de dar forma à imaterialidade dos fluxos de capital, que, embora desconhecendo fronteiras, impactam no território com a velocidade da luz. Elas foram produzidas utilizando processos computacionais generativos, algoritmos de computador que criam a partir de regras matemáticas.

Para os ATMs, Melim produziu uma pintura original para cada agência. O estêncil é uma técnica de reprodução de imagens por meio de máscaras recortadas, através das quais o artista imprime imagens previamente desenhadas.

Para os ATMs, Melim produziu uma pintura original para cada agência. O estêncil é uma técnica de reprodução de imagens por meio de máscaras recortadas, através das quais o artista imprime imagens previamente desenhadas.

O artista se inspirou na sticker culture, com a qual sempre esteve engajado, e na tradição popular de “colecionar” adesivos em mobiliário pessoal, assim como em computadores e geladeiras. Na gráfica dos adesivos, Alê utilizou uma figura que representa uma boca ou um beijo e relacionou essa imagem recorrente com símbolos de alerta, como “infectado”, “reciclado” e “inflamável”.

Lau Guimarães preparou uma série de lambe-lambes com os quais criou uma “parede poética” ao utilizar a superfície de vários ATMs instalados lado a lado. Os cartazes poéticos pelos quais a artista é conhecida, principalmente os trabalhos presentes nas ruas, são sempre muito coloridos e formam conjuntos de grande impacto visual.

Presto cobriu integralmente os ATMs com pinturas em spray, além de assemblagens, que são pequenas colagens de objetos em relevo. O uso do spray é o ponto principal no trabalho do artista, um dos principais nomes da arte urbana em São Paulo. Uma das coisas mais impressionantes é ver a diferença de escala que ele consegue alcançar com o mesmo material: latas de spray.

Seres que se espalham pela cidade à procura de um lugar para respirar, oxigenar as ideias e divertir quem passar por eles – ou melhor, elas! As minhocas da artista Erica Mizutani aparecem pela metrópole, com suas listras coloridas e formas orgânicas, que emitem uma desajeitada sensação de fofura e estranheza. Na natureza, esses bichinhos nutrem a terra e, coletivamente, são criaturas fundamentais para que tudo cresça e floresça de uma maneira linda e perfeita. Os ATMs das agências Santander foram invadidos por esses pequenos seres, causando sensações e surpresas em quem por eles passar, sejam crianças ou adultos: as Mizunhocas querem mesmo é fazer as pessoas sorrirem!

Seres que se espalham pela cidade à procura de um lugar para respirar, oxigenar as ideias e divertir quem passar por eles – ou melhor, elas! As minhocas da artista Erica Mizutani aparecem pela metrópole, com suas listras coloridas e formas orgânicas, que emitem uma desajeitada sensação de fofura e estranheza. Na natureza, esses bichinhos nutrem a terra e, coletivamente, são criaturas fundamentais para que tudo cresça e floresça de uma maneira linda e perfeita. Os ATMs das agências Santander foram invadidos por esses pequenos seres, causando sensações e surpresas em quem por eles passar, sejam crianças ou adultos: as Mizunhocas querem mesmo é fazer as pessoas sorrirem!

Presto cobriu integralmente os ATMs com pinturas em spray, além de assemblagens, que são pequenas colagens de objetos em relevo. O uso do spray é o ponto principal no trabalho do artista, um dos principais nomes da arte urbana em São Paulo. Uma das coisas mais impressionantes é ver a diferença de escala que ele consegue alcançar com o mesmo material: latas de spray.

O artista se inspirou na sticker culture, com a qual sempre esteve engajado, e na tradição popular de “colecionar” adesivos em mobiliário pessoal, assim como em computadores e geladeiras. Na gráfica dos adesivos, Alê utilizou uma figura que representa uma boca ou um beijo e relacionou essa imagem recorrente com símbolos de alerta, como “infectado”, “reciclado” e “inflamável”.

Como artista urbano, uma das principais características é a energia de sua pintura, que chamamos de action painting. Usando materiais e técnicas simples, como spray, rolinhos e tinta acrílica, o artista trabalha com velocidade, vencendo grandes áreas e empenas de prédio, viadutos e outras.

A obra se propõe a criar uma experiência visual óptica entre o caminho percorrido do usuário e a máquina de atendimento, gerando, nesse percurso, um efeito de movimento visual, com a intenção de provocar no público a sensação de estar entrando em um portal.

Rafael Silveira e Flávia Itiberê produziram uma instalação criada a partir da técnica do bordado com fios têxteis trançados, amarrados e pendentes. Essas são algumas das técnicas que a dupla vem desenvolvendo desde sua exposição no Museu Oscar Niemeyer, em 2014, onde apareceram em forma de instalação imersiva, com peças soltas no espaço expositivo gerando grandes sombras desenhadas nas paredes.

Uma instalação revestida de grama sintética, cores e bichos cobre os caixas eletrônicos do Banco Santander. O artista escolhe as curvas no momento da montagem, descobrindo as formas que farão parte do desenho.

Os caixas eletrônicos são cobertos de falsos cristais, com um desenho inspirado nas coroas e joias das aristocracias europeias. O efeito é sedutor, em contraste com a arquitetura prática das agências.

Os caixas eletrônicos são cobertos de falsos cristais, com um desenho inspirado nas coroas e joias das aristocracias europeias. O efeito é sedutor, em contraste com a arquitetura prática das agências.

A obra “Ideogramas de Ordem” propõe uma imersão ampliada dentro do leitor de código de barras – um tipo de escâner que emite um raio vermelho que percorre todas as barras, o primeiro sistema de codificação de produtos. “Ideogramas de Ordem” está entregue unicamente à sua capacidade de intuir as significações potenciais da forma abstrata no espaço abstrato; de torná-los concretos, inseri-los no espaço social como expressão artística.

"Uma construção feita por meio das cores que brotam de minhas memórias da infância ribeirinha e da sabedoria da geometria cabocla, cujas origens vêm das frutas e das plumas das aves".

“Meu projeto para o ArTeMs Santander consiste em intervenções feitas com painéis de madeira pinus pintados com tintas spray. A madeira é previamente recortada com máquina Router de laser de alta precisão, e cada recorte tem formatos diferentes e é pintado com cores diversas. Quando as partes se unem, assemelham-se a um jogo de quebra-cabeça. Estes painéis ocupam as superfícies inferiores e superiores dos caixas eletrônicos e não interferem em sua funcionalidade.”

Os desenhos feitos para as carenagens dos caixas eletrônicos são padrões executados em material industrial, borracha ou asfalto. Estes desenhos fazem parte de uma pesquisa sobre padronagens e abstração de diferentes fontes, como um hábito antigo da humanidade, que procurava repetição e transe em ordenamentos estéticos.

“O projeto ‘Encaixas’ segue minha pesquisa de materiais e processos, investigando a relação entre superfície e suporte, uso e desgaste, extinção e memória. O projeto consiste na intervenção de três caixas eletrônicos. Utilizei plotagens sobrepostas nos caixas e nas paredes entre eles, as quais foram feitas a partir de uma colagem, usando reproduções de partes de máquinas de caixas eletrônicos. A proposta é utilizar imagens genéricas e reconfigurá-las por meio do desenho, colagem e escaneamentos, cortando, sobrepondo e espelhando-as a ponto de transformá-las quase que em abstrações.”

"Uma construção feita por meio das cores que brotam de minhas memórias da infância ribeirinha e da sabedoria da geometria cabocla, cujas origens vêm das frutas e das plumas das aves".

O projeto ArTeMs propõe que artistas elaborem propostas plástico-pictóricas a objetos existentes e concebidos para uso público e prático: os caixas eletrônicos de bancos para saque de dinheiro. Estes, por sua vez, passam a receber visualidade lúdica por meio das diferentes concepções dos artistas participantes, com extensões de seus variados suportes de criação – escultura, pintura, fotografia, desenho, gravura –, em propostas tridimensionais ou planas aplicadas ao objeto ready-made e industrial.

Ao emprestar elementos da arquitetura vernacular, comumente observados em cidades do grande ABC e nos bairros fronteiriços da cidade de São Paulo, revela-se uma carga poética e simbólica presentes no dia a dia. Deste modo, as intervenções nos ATMs contam com materialidades comuns, ressignificadas com intentos poéticos.

“As esculturas de Kachani colocam-se no centro do debate contemporâneo sobre as identidades fluidas e a transformação da natureza em cultura e vice-versa. Mas falar nesses termos é, em última instância, falar de narrativas. Tanto não há algo hoje que possa ser definido como natureza em si (no sentido de que exista sem modificações técnicas) como também algo que possa ser firmemente delimitado como cultura ou identidade autóctones.” (Taisa Palhares)

Celina Portella intervém nos caixas eletrônicos com imagens de pessoas. Corpos retratados em situação de tensão, contidos num espaço circunscrito, parecem sustentar parte da estrutura das máquinas. Figuras comuns, impressas em tamanho real, interagem com as formas da estrutura, criando uma conexão entre fotografia e matéria.

Ao emprestar elementos da arquitetura vernacular, comumente observados em cidades do grande ABC e nos bairros fronteiriços da cidade de São Paulo, revela-se uma carga poética e simbólica presentes no dia a dia. Deste modo, as intervenções nos ATMs contam com materialidades comuns, ressignificadas com intentos poéticos.

As obras produzidas para o projeto ArTeMs especulam sobre os dados e informações que conformam o universo das transações econômicas. São uma tentativa de dar forma à imaterialidade dos fluxos de capital, que, embora desconhecendo fronteiras, impactam no território com a velocidade da luz. Elas foram produzidas utilizando processos computacionais generativos, algoritmos de computador que criam a partir de regras matemáticas.

Celina Portella intervém nos caixas eletrônicos com imagens de pessoas. Corpos retratados em situação de tensão, contidos num espaço circunscrito, parecem sustentar parte da estrutura das máquinas. Figuras comuns, impressas em tamanho real, interagem com as formas da estrutura, criando uma conexão entre fotografia e matéria.

“Quando posamos para uma câmera fotográfica, geralmente ficamos parados, pois a imagem também será fixa. Quando posamos para uma câmera de vídeo, geralmente o fazemos em movimento, pois a imagem também estará em movimento. Assim, quando posamos para algo, geralmente imitamos o meio que irá nos registrar. Se a imagem é parada, ficamos parados; se ela estiver em movimento, também nos movimentamos. Assim, me pergunto: Como posar para as flores? Como posar para a natureza nos fotografar?”

Para a instalação do Banco Santander, alguns espaços dos caixas foram cobertos com peças de crochê coloridas, que têm a intenção de transportar o público por meio de memórias e lembranças afetivas.

Nesta série, o artista gera essas escalas cromáticas “seguras” e as reproduz em diferentes meios, adicionando mais uma camada de subjetividade na relação pretensiosamente objetiva entre o olho humano, a máquina e a percepção visual da cor.

Para a instalação do Banco Santander, alguns espaços dos caixas foram cobertos com peças de crochê coloridas, que têm a intenção de transportar o público por meio de memórias e lembranças afetivas.