As pessoas com algum tipo de deficiência correspondem a 6,7% do total da população brasileira. Apesar do número ser significativo e da lei Brasileira de Cotas, o direito a inclusão, a participação na sociedade e ao desenvolvimento profissional no mundo corporativo, estão muito aquém da valorização da diversidade humana.
Ter uma deficiência é apenas uma caraterística, que pode ou não, demandar uma adaptação, como tantas outras. Todos nós temos necessidades específicas, que são inerentes a natureza humana.
As empresas têm um grande papel transformador e podem contribuir para melhorar a condição e a qualidade de vida social e econômica dessas pessoas.
O que é Deficiência?
Conforme o artigo 3º do Decreto nº 3.298/99, deficiência é todo e qualquer comprometimento que afete a integridade da pessoa e que traga prejuízos na locomoção, coordenação de movimentos, fala, compreensão de informações, orientação espacial ou percepção e contato com outras pessoas.
Legislação
A lei Brasileira de Cotas (8.213/91), institui que as empresas com mais de mil funcionários devem ter no mínimo 5% de pessoas com deficiência em seu quadro funcional.
Tipos de Deficiência
Deficiência Física: Este é o termo correto, adotado pela ONU e considera a pessoa que possui alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física. Engloba vários tipos de limitações motoras, como paraplegia, tetraplegia, paralisia cerebral, paresias, baixa estatura, más-formações congênitas e amputação.
Orientações especificas Ao acompanhar uma pessoa com limitação de movimentos, procure acompanhar o seu ritmo; Muletas, bengalas, andadores, ou outros recursos de apoio, nunca devem ser afastados do alcance da pessoa com deficiência física que o utiliza, mesmo que não estejam em uso; Não se apoie ou conduza a cadeira de rodas, sem antes perguntar como você deve proceder. Ela é parte do espaço corporal do cadeirante, quase uma extensão do seu corpo; Quando a conversa com um cadeirante ou uma pessoa com baixa estatura, durar alguns minutos, procure se sentar para ficar no mesmo nível do seu olhar. É mais confortável. |
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Deficiência visual: Considera a redução (baixa visão) ou ausência total da visão (cegueira), em ambos os olhos com caráter definitivo. Não pode ser corrigido com cirurgias e/ou uso de lentes de contato ou quaisquer outros tratamentos.
Orientações especificas Ao conhecer uma pessoa cega, toque em seu braço, apresente-se e então, inicie a conversa; Havendo a necessidade de conduzir um deficiente visual (mediante sua aceitação), ofereça seu braço (cotovelo), para que possa se apoiar. Não a agarre, nem puxe pelo braço ou pela bengala. Ao guiar uma pessoa com deficiência visual, explique a direção, indique a distância, pontos de referência com clareza: “tantos metros à direita, à esquerda”. Evite termos como: “por aqui” e “por ali”. Informe sobre obstáculos existentes, como degraus, desníveis e outros; Ao indicar uma cadeira, coloque as mãos da pessoa com deficiência visual no encosto; Sempre que se ausentar do local, informe a pessoa, caso contrário ela ficará falando sozinha.
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Deficiência auditiva:
Orientações específicas Nas interações com pessoas com deficiência auditiva, fale pausadamente, articulando bem as palavras e mantendo o contato visual; Para chamar a atenção de uma pessoa com deficiência auditiva, coloque-se no campo de visão dela, acene ou toque levemente no ombro ou braço; Não grite, fale com tom de voz normal, a não ser que seja solicitado; Se tiver dificuldade para compreender, não tenha receio de pedir que repita; A expressão facial e corporal, são fundamentais para facilitar a comunicação; Se necessário, comunique-se por meio da escrita ou utilize a Linguagem Brasileira dos Sinais;
Orientações específicas: Nas interações com pessoas com deficiência auditiva, fale pausadamente, articulando bem as palavras e mantendo o contato visual; Para chamar a atenção de uma pessoa com deficiência auditiva, coloque-se no campo de visão dela, acene ou toque levemente no ombro ou braço; Não grite, fale com tom de voz normal, a não ser que seja solicitado; Se tiver dificuldade para compreender, não tenha receio de pedir que repita; A expressão facial e corporal, são fundamentais para facilitar a comunicação; Se necessário, comunique-se por meio da escrita ou utilize a Linguagem Brasileira dos Sinais;
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Deficiência intelectual
O termo é adotado pela ONU, portanto o correto, para indicar pessoas com algum comprometimento cognitivo, que gera atraso no desenvolvimento e dificuldades de aprender e realizar tarefas simples do cotidiano.
Orientações específicas: Utilize uma comunicação clara, objetiva e direta. Não tenha receio de orientar uma pessoa com deficiência intelectual, sempre que necessário; Fale de acordo com a idade da pessoa: criança, adolescente ou adulto; Ao explicar uma atividade, mostre como fazer cada tarefa. O aprendizado da pessoa com deficiência intelectual, ocorre na prática e por repetição, até que seja aprendido; A rotina de trabalho é fundamental para facilitar a execução das atividades no dia a dia. Sempre que alterar a rotina, explique como se fosse a primeira vez.
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Deficiência Múltipla: Afeta duas ou mais áreas, caracterizando uma associação entre diferentes deficiências, com ampla possibilidade de combinações. Trata-se de uma situação grave, mas felizmente sua presença na população geral é menor, em termos numéricos. Casos mais comuns de associação de deficiências são física/mental ou surdo-cegueira (audição e visão simultaneamente total ou parcial). |
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