Atualizado em 14-11-2025

por Equipe Santander

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Imagem ilustrativa de mãos segurando uma casa e um carro

Os consórcios se consolidam cada vez mais entre os brasileiros que planejam construir um patrimônio no médio e longo prazo. Trata-se de um produto sem juros, que conta apenas com uma taxa de administração fixa, diluída ao longo do tempo. Apenas no primeiro semestre, o setor movimentou mais de R$ 222 bilhões com a venda de quase 2,48 milhões de cotas, segundo dados da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios).

DISCIPLINA GANHA ‘EMPURRÃO’ COM CONSÓRCIO

Um dos desafios para quem quer ter uma boa relação com o dinheiro é a disciplina – e ela pode passar pelo consórcio. Muitos simplesmente não conseguem, por uma série de razões – como excesso de endividamento ou perda da renda - se programar todo mês para separar uma parte da renda e dar um destino pré-definido que ajude na construção de um patrimônio – seja para a compra do primeiro carro ou até para a tão sonhada casa.

No consórcio, investir no futuro se torna um compromisso claro, palpável. Como é um produto em que você se une a um grupo com objetivos semelhantes e contribui mensalmente para um fundo comum, a pontualidade dos pagamentos é fundamental para manter a saúde de todo o grupo.

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"Essa é uma forma de educação financeira e uma excelente opção para alavancar patrimônio. Um produto sem juros ou entrada, com parcelas acessíveis que se adaptam a diferentes realidades financeira e que, inclusive, oferece poder de compra à vista quando contemplado", resume Marcelo Aleixo, diretor de Consórcio do Santander.

Consultora de investimentos e educadora financeira, Carol Stange compara o modelo a uma “poupança forçada”, já que o contrato e as penalidades pelo não pagamento obrigam o participante a priorizar o objetivo.

Pedro Ros, CEO da Referência Capital reforça: “É uma poupança programada com objetivo definido, que aumenta a probabilidade de manter a regularidade dos aportes.”

UM PROJETO REALIZADO ANTES DO PREVISTO

O consórcio se torna mais atrativo principalmente quando comparado ao crédito tradicional, já que não há incidência de juros. É uma maneira de se planejar para aquisição de bens futuros, apesar de também oferecer soluções para quem precisa do bem de forma mais imediata, por conta da possibilidade de lances e sorteios, mas sem os custos de um financiamento.

“Se tiver de guardar o recurso todo mês, vai demorar para ter o dinheiro para uma aquisição. No consórcio, com a possibilidade do sorteio e lances mensalmente, as chances são maiores”, resume o diretor de Consórcio do Santander.

O CEO da Referência Capital destaca que, ao eliminar juros e diluir a taxa de administração no prazo, o consórcio preserva o poder de compra e possibilita aquisições sem o peso dos encargos financeiros elevados. Além, é claro, dos reajustes anuais feitos com base no IPCA ou INCC que têm justamente o objetivo de manter o poder de compra no futuro.

Ros vê ainda potencial de alavancagem patrimonial, principalmente no mercado imobiliário. O especialista avalia que, com a contemplação e a aquisição de um imóvel para aluguel, o próprio rendimento pode quitar as parcelas restantes, gerando retornos que podem chegar a 2,5% ao mês em estratégias bem estruturadas.

EFEITO NO PATRIMÔNIO

Antes da contemplação, o consórcio de imóvel, por exemplo, é reajustado anualmente pelo INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), em média 5% ao ano sobre o valor do crédito. Isso cria um efeito multiplicador no patrimônio, ressalta Ross. Uma cota de R$ 500 mil, com parcela de R$ 2 mil, tem um reajuste anual médio de R$ 25 mil, enquanto o participante pagou apenas R$ 24 mil no período, ou seja, o reajuste supera 100% do valor imobilizado.

Após a contemplação, acrescenta o CEO da Referência Capital, o aluguel do imóvel pode quitar as parcelas restantes, transformando o Consórcio em um ativo de renda variável.

rentabilidade, ainda segundo Ros, pode variar de 0,8% a 0,9% ao mês se a contemplação for mais lenta, mas pode chegar a 2,5% ou até 3% ao mês quando a contemplação ocorre em até 4 ou 5 anos com uma estratégia bem estruturada. "É ideal para quem busca multiplicar patrimônio com visão de médio e longo prazo", avalia.

LANCE NÃO DEVE SER FEITO COM RESERVA DE EMERGÊNCIA

Antes de entrar em um consórcio, os especialistas recomendam ter uma reserva de emergência — de três a seis meses de despesas essenciais — para evitar que imprevistos levem à inadimplência ou à perda da cota.

Para quem deseja ser contemplado mais rapidamente, ter um valor guardado para dar o lance pode ser estratégico. Carol alerta que essa reserva deve ser separada da reserva de emergência e usada exclusivamente para o lance.

Em grupos competitivos, segundo Ros, o capital reservado aumenta as chances de antecipar a contemplação e aproveitar oportunidades, como a compra de um imóvel com desconto à vista.

“A depender do objetivo e da estratégia, vale a pena ir guardando de dinheiro para o lance. Por exemplo, separar o 13º ou uma parte dele para esse fim”, sugere o diretor do banco.

QUANTO INVESTIR, OS RISCOS E A DIVERSIFICAÇÃO DA CARTEIRA

Aleixo salienta que se trata de um produto totalmente regulado, seguro e oferece alternativas que cabem em diferentes bolsos. Mas, antes de tomar uma decisão, é importante saber qual é a sua capacidade de pagamento para escolher uma cota que esteja alinhada ao orçamento – não apenas quanto ao valor, mas também em relação ao prazo até a quitação. “Trata-se de uma forma inteligente de organizar a vida financeira”, diz o executivo do Santander.

Quanto ao limite seguro de comprometimento da renda, Carol recomenda até 20% da renda líquida mensal para objetivos de médio e longo prazo, incluindo o consórcio. Já Ros adota um teto maior, de até 30% da renda líquida para qualquer dívida ou compromisso fixo, consórcio incluso.

O consórcio também pode ser parte de uma estratégia de diversificação, especialmente para quem já tem investimentos líquidos. Carol sugere, por exemplo, consórcios de imóveis para gerar renda de aluguel ou de veículos para negócios próprios.

Para Aleixo, é bom que se tenha em mente que o consórcio não é o mesmo que um empréstimo. Por isso, antes de aderir, o executivo orienta que o interessado procure conhecer bem as regras, se certificar quanto aos prazos, a taxa de administração e como o pagamento da cota vai se encaixar nas suas finanças ao longo do tempo. “Tudo isso é importante para que haja uma organização financeira que alinhe objetivo e realidade”, resume.

 

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