Com o início do período de restituição do Imposto de Renda, a Receita Federal tem alertado para um novo golpe que tem confundido e prejudicado contribuintes em todo o Brasil.
Usando técnicas cada vez mais sofisticadas, criminosos enviam e-mails falsos, links suspeitos, SMS e até criam sites fraudulentos que imitam canais oficiais, com o objetivo de induzir as vítimas a fornecer dados pessoais, pagar boletos indevidos e instalar aplicativos maliciosos, prometendo facilitar a restituição ou afirmando que a declaração foi retida.
Neste artigo, explicamos em detalhes como esse golpe funciona, as principais táticas utilizadas pelos golpistas, os riscos envolvidos e, principalmente, como se proteger para não cair nessa armadilha. Boa leitura!
O que é o Golpe do Imposto de Renda?
O golpe começa com o envio de e-mails que parecem ser da Receita Federal, informando supostas pendências ou erros na declaração do Imposto de Renda. Em outros casos, os golpistas comunicam falsamente que sua restituição já está disponível.
Essas mensagens, geralmente bem elaboradas, contêm links que direcionam o usuário para sites falsos (réplicas do portal da Receita) onde é induzido a fornecer dados pessoais e bancários, pagar boletos falsos ou até mesmo instalar aplicativos fraudulentos.
Veja aqui como reconhecer Boletos Falsos em 5 passos.
Além dos e-mails, os criminosos também podem usar mensagens de texto (SMS), WhatsApp e outras redes sociais para espalhar a fraude. Eles exploram o senso de urgência e o medo de possíveis problemas com a Receita Federal, o que muitas vezes impede a vítima de refletir com calma antes de agir.
Como os golpistas agem?
Os criminosos utilizam diversas estratégias para enganar as vítimas:
• Falsificação do remetente: modificam o endereço de e-mail para que pareça ter sido enviado por um órgão oficial.
• Aparência e linguagem técnica: replicam o visual da Receita Federal e utilizam jargões fiscais para transmitir credibilidade.
• Senso de urgência: recorrem a termos como “pendência fiscal grave”, “regularize agora” ou “restituição já disponível, resgate agora” para pressionar a vítima a agir rapidamente, sem tempo para verificar a veracidade das informações.
• Links ou anexos maliciosos: podem instalar vírus ou direcionar o usuário para páginas falsas que coletam dados pessoais.
• Boletos falsos: induzem o pagamento de multas inexistentes ou liberam supostas restituições, fazendo a vítima acreditar que está pagando à Receita Federal, quando, na verdade, está caindo em um golpe. Saiba mais sobre o golpe do boleto falso aqui.
Quais são os riscos para as vítimas?
Ao fornecer informações em sites fraudulentos, baixar aplicativos maliciosos ou pagar boletos falsos, as vítimas expõem seus dados aos criminosos que podem:
• Abrir contas bancárias ou solicitar empréstimos em nome da vítima.
• Usar os dados para fraudes de identidade e outros golpes.
• Causar prejuízos financeiros diretos, como o pagamento de boletos falsos.
Essas fraudes podem gerar perdas financeiras, danos à reputação e muita dor de cabeça para reverter a situação.
Como se proteger do Golpe da Restituição do Imposto de Renda?
A boa notícia é que existem formas eficazes de se proteger. Veja as principais recomendações:
• Desconfie de e-mails ou mensagens que solicitam informações pessoais ou financeiras, especialmente se contiverem links ou anexos suspeitos.
• Verifique o remetente: e-mails oficiais da Receita Federal usam o domínio “@gov.br” e não solicitam dados pessoais nem correções da declaração por e-mail.
• Não clique em links nem baixe arquivos enviados por desconhecidos. A Receita Federal não envia links para correção de declaração.
• Acesse apenas o site oficial da Receita Federal para qualquer informação sobre o Imposto de Renda. Sempre siga as comunicações oficiais da Receita Federal.
• Mantenha seus dispositivos atualizados e utilize antivírus ativo.
• Nunca pague boletos sem verificar a autenticidade da cobrança; a Receita Federal não envia boletos para pagamento de suposta liberação de restituição.
• Siga as dicas de segurança do blog e do portal do Santander, que oferecem conteúdos atualizados sobre golpes e fraudes.
O que fazer se você cair no golpe?
Se você desconfia de que foi vítima de uma fraude relacionada à restituição do Imposto de Renda, é importante agir rapidamente para minimizar os prejuízos e proteger seus dados:
• Pare imediatamente qualquer interação com o remetente suspeito. Não forneça mais informações, dados pessoais e nem clique em links ou anexos.
• Troque suas senhas de todos os serviços bancários, aplicativos financeiros e outros serviços sensíveis. Se possível, ative a autenticação em duas etapas para reforçar a segurança.
• Entre em contato com seu banco para informar a exposição de dados e solicitar medidas de proteção adicionais, como bloqueio temporário ou monitoramento de movimentações suspeitas.
No Santander, utilize os canais:
Central de Atendimento Pessoa Física
4004 3535 (capitais e regiões metropolitanas)
0800 702 3535 (demais localidades)
Central de Atendimento Pessoa Jurídica
4004 2125 (capitais e regiões metropolitanas)
0800 726 2125 (demais localidades)
Atendimento em Libras (Canal Exclusivo para Atendimento em Libras)
• Registre um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou, se preferir, online. Esse registro é importante para formalizar a fraude e pode ajudar em investigações.
• Comunique a Receita Federal pelos canais oficiais sobre a tentativa de golpe. Assim, você ajuda as autoridades a combater fraudes e a proteger outros contribuintes.
E não se preocupe: se você fez a declaração do IR corretamente, sua restituição será depositada na conta informada, sem a necessidade de qualquer pagamento prévio ou links suspeitos. Basta acompanhar os lotes e se preparar para receber o valor.
Leia também – Calendário da restituição do Imposto de Renda 2025: veja as datas e quem recebe primeiro
Quer saber mais sobre como se proteger de fraudes e golpes? Acesse a página de Segurança do Santander e conheça dicas valiosas para manter suas informações protegidas.
Fonte: Gov.br