A educação financeira não é definida apenas por números e planilhas: é um conhecimento que se traduz diretamente em qualidade de vida, tranquilidade e na realização dos seus maiores sonhos. E em um mundo cada vez mais digital e com o consumo movido por impulso, saber gerenciar o dinheiro é uma habilidade essencial para todos, independentemente da idade ou da renda.
Muitas vezes, a falta de planejamento financeiro pode ser uma das causas de estresse, ansiedade e situações complicadas, por isso, neste guia, vamos explicar o que é educação financeira, por que ela é importante em todas as fases da vida – da escola à aposentadoria – e, o mais importante, como você pode começar a aplicá-la hoje mesmo com passos simples e aliados tecnológicos. Acompanhe:
O que é educação financeira?
A educação financeira é o processo de adquirir conhecimentos e desenvolver as habilidades necessárias para tomar decisões informadas e adequadas sobre o uso do seu dinheiro. Ela não se resume a saber economizar; pois também diz respeito à capacidade de gerenciar de forma inteligente os recursos disponíveis.
Por meio dela, então, é possível melhorar a compreensão sobre conceitos e produtos financeiros, evitando fraudes, golpes, endividamento excessivo e posições de risco inadequadas.
Por que a educação financeira é importante?
A importância da educação financeira reside em seu impacto direto na qualidade de vida e no bem-estar geral, indo muito além da simples gestão de dívidas. O conhecimento financeiro pode ser um instrumento de proteção e autonomia, permitindo que você atinja a estabilidade em diversas áreas:
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Reduza o estresse e a ansiedade: a má gestão financeira, o aumento das dívidas e a falta de planejamento podem gerar estresse e ansiedade. Por isso, um maior controle sobre as finanças pode contribuir efetivamente para uma melhora na qualidade de vida;
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Prepare-se para imprevistos e o futuro: com um bom planejamento, você cria uma reserva de emergência, garantindo mais segurança e estabilidade para enfrentar momentos de imprevistos, como uma doença ou perda de emprego. Esse planejamento também se estende à aposentadoria, assegurando a estabilidade a longo prazo;
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Realize sonhos: a educação financeira transforma sonhos abstratos (como uma viagem, a casa própria ou a aposentadoria tranquila) em metas financeiras concretas e alcançáveis. Ela permite que você poupe e invista de forma estratégica para construir seu patrimônio;
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Conquiste a liberdade e o consumo consciente: aprender a gerenciar seu dinheiro pode levar à condição de liberdade financeira, permitindo que você utilize seus recursos sem grandes preocupações. Além disso, incentiva o consumo consciente, no qual as compras são avaliadas, evitando o desperdício.
Quais são os 4 pilares da educação financeira?
Os quatro pilares da educação financeira, também conhecidos como os 4Rs, são passos que podem ser seguidos para que suas ações sobre dinheiro sejam mais assertivas e transformadoras, te ajudando a ter maior controle sobre seus gastos, colaborando para a diminuição de dívidas e aumentando sua segurança. A seguir, explicamos em detalhes o que significa cada um desses pilares: reconhecer, registrar, revisar e realizar. Veja:
1. Reconhecer
O primeiro passo para uma vida financeira mais saudável é ter clareza sobre sua situação atual. Reconhecer onde você está e planejar onde quer chegar são a base, e, por isso, este pilar envolve a definição de prioridades e o estabelecimento de metas claras.
1. Entenda suas prioridades
Comece definindo suas prioridades (o que você quer alcançar). Por exemplo, um objetivo claro é: "quero economizar R$5 mil em um ano para fazer uma viagem". Ter metas bem estabelecidas é o que dá motivação para economizar.
2. Considere a regra dos 50, 30 e 20
Esta é uma das dicas práticas mais eficientes para organizar seu orçamento: a regra 50-30-20 sugere que você divida sua renda mensal em três grandes categorias, destinando: 50% da sua renda para necessidades básicas (gastos essenciais, como aluguel, alimentação e contas fixas); 30% para desejos (gastos variáveis e não essenciais, como lazer e hobbies); e, por fim, 20% para poupança ou investimentos.
Com esses passos iniciais, você pode começar a transformar suas finanças de um desafio a um caminho a ser planejado e percorrido, rumo à realização dos seus objetivos de vida.
2. Registrar
É impossível controlar o que não é medido. Portanto, o segundo pilar exige que você registre meticulosamente todos os seus ganhos e, principalmente, todos os seus gastos. Esse registro minucioso é o que revelará para onde o seu dinheiro está realmente indo.
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Registre tudo: anote desde as despesas fixas (aluguel, contas) até os pequenos gastos do dia a dia (o café, a corrida de aplicativo, por exemplo).
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Combata o consumismo: esse registro detalhado ajuda a identificar despesas supérfluas, evitando compras por impulso, que são grandes inimigas de um orçamento saudável.
3. Revisar e renegociar
O terceiro pilar exige uma revisão constante do seu orçamento, pois o planejamento inicial pode precisar de ajustes ao longo do tempo. Este é o momento de confrontar as dívidas e corrigir a rota dos seus gastos, e você pode fazer isso seguindo passos como:
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Análise mensal: ao final de cada mês, analise onde o dinheiro foi gasto e veja onde é possível cortar excessos. Essa revisão constante permite corrigir falhas e ajustar hábitos de consumo;
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Pague dívidas: antes de investir, é fundamental negociar e pagar dívidas pendentes, especialmente aquelas com juros mais altos. Estas ações permitem desenhar um plano de evolução saudável nas finanças.
4. Realizar e investir
O passo final é a realização dos seus objetivos por meio do investimento. Aqui, a educação financeira se torna uma ferramenta de multiplicação de patrimônio, fazendo seu dinheiro render mais.
Nesta fase, é possível aprender sobre diferentes tipos de investimento para que seu patrimônio cresça, gerando renda passiva. Além disso, você pode começar a realizar aplicações financeiras de acordo com seu perfil de investidor.
Educação financeira para crianças
A educação financeira deve estar presente em todas as fases da vida, mas sua inserção em fases de desenvolvimento pode garantir adultos mais conscientes e preparados. Por isso, o tema é essencial, tanto na grade curricular quanto no ambiente doméstico.
Nas escolas, ela visa mitigar problemas sociais como o endividamento precoce e o desperdício de recursos, incentivando o consumo consciente. O tema é trabalhado de forma interdisciplinar, abordando conceitos que vão além de poupar e investir e conectando o indivíduo à cidadania e ao equilíbrio emocional.
O ensino aos jovens sobre finanças, então, é essencial para garantir a capacidade de tomar decisões assertivas, protegendo-os contra o consumo impulsivo e o superendividamento, que são problemas crescentes nessa faixa etária, segundo a Universidade de São Paulo.
O papel insubstituível da família
Embora a escola forneça a alfabetização financeira, é válido ressaltarmos que a família pode representar um espaço onde os hábitos financeiros realmente se consolidam. Isso porque, no ambiente doméstico, os pais e responsáveis podem ser os protagonistas desse processo, ensinando pelo exemplo através de ações como:
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Planejamento: uma criança que vê seus pais planejando gastos, poupando e conversando sobre finanças aprende que o equilíbrio financeiro é algo natural e necessário.
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Mesada: definir um valor e uma data certa para a mesada permite que a criança aprenda a administrar o recurso ao longo do período, sentindo a frustração de gastar tudo de uma vez e a satisfação de poupar para um objetivo maior.
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Consumo consciente: envolver os filhos nas escolhas do supermercado, por exemplo, comparando preços e discutindo a diferença entre necessidade e desejo, é uma forma prática de iniciar a educação financeira infantil.
Para você que quer iniciar essa jornada de forma prática, confira dicas de como fazer isso acessando o post sobre Educação Financeira Infantil!
Ferramentas para sua educação financeira
Colocar a educação sobre finanças em prática exige disciplina, mas a tecnologia moderna oferece diversos aliados para simplificar o controle e a organização das suas contas. Utilizar as ferramentas corretas transforma a tarefa de gerenciar o dinheiro em algo muito mais prático e menos estressante, e, para te ajudar, reunimos algumas dicas a seguir:
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Aplicativos de controle: ferramentas como Mobills ou Organizze podem ser ótimos aliados nessa missão. Eles permitem registrar e categorizar despesas e receitas de forma intuitiva, sincronizando com contas bancárias e apresentando gráficos para visualizar para onde o dinheiro está indo;
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Planilhas: para quem prefere uma abordagem mais manual e personalizável, as planilhas (Excel ou Google Sheets) podem ser excelentes para registrar receitas, despesas e fazer planejamento de longo prazo;
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Carteiras e Contas Digitais: além da conveniência, elas oferecem recursos para organizar despesas por categoria e definir metas de economia.
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Como você conferiu até aqui, a educação financeira é um processo contínuo de aprendizado e ajuste, que pode começar cedo e representa o caminho mais eficiente para garantir um futuro seguro, próspero e com a tranquilidade de saber que você tem o controle total sobre o seu patrimônio.
Não adie sua estabilidade. Comece hoje a aplicar os 4 pilares e veja suas finanças evoluírem, realizando seus objetivos de vida.
Pronto para transformar seu futuro financeiro?
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