Atualizado em 19-11-2025

por Equipe Santander

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Do lado esquerdo, a frase ‘conheça o FGC’. Do lado direito, ilustração de um cofre de porquinho.

Ao sair da poupança e buscar alternativas mais rentáveis, é natural surgir a dúvida: “meu dinheiro está seguro?” É justamente nesse momento que entra em cena o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), a principal rede de proteção do investidor no sistema financeiro brasileiro.

Criado e mantido pelos próprios bancos, o FGC funciona como um mecanismo de segurança que devolve seus depósitos e investimentos caso a instituição onde você aplicou enfrente insolvência ou quebre. Ele segue regras claras sobre quais produtos cobre e quais são os limites de garantia — pontos que costumam gerar questionamentos, especialmente entre quem está começando.

Para te ajudar a investir com mais tranquilidade, preparamos um guia direto e completo. Aqui, você vai entender o que é o FGC, como ele protege seu patrimônio e em que situações essa garantia realmente faz diferença. Continue a leitura e fortaleça sua segurança como investidor.

O que é o FGC e como funciona?

O Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é uma associação civil, privada e sem fins lucrativos, que atua como um mecanismo de proteção para depositantes e investidores.

Para facilitar o entendimento: se a instituição financeira entrar em falência, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) assegura a devolução do seu capital, sendo R$ 250 mil por CPF por instituição, considerando o somatório de todos os investimentos cobertos. O limite é de R$ 1 milhão a cada 4 anos.

O patrimônio desse Fundo é formado por contribuições mensais, feitas pelas próprias instituições financeiras associadas (bancos, sociedades de crédito, financiamento e investimento), representando uma proteção custeada pelo próprio sistema para a segurança de seus clientes.

Basicamente, ele funciona como um seguro para o seu dinheiro, garantindo a devolução de valores aplicados em caso de problemas graves com a instituição financeira, como uma intervenção ou liquidação pelo Banco Central.

Além de compreender o que é FGC, também é válido entender quais investimentos se enquadram neste Fundo.

Quais investimentos são cobertos pelo FGC?

A cobertura do Fundo Garantidor de Créditos é bem abrangente, incluindo os investimentos de renda fixa favoritos dos brasileiros. 

A proteção se aplica desde os mais populares, como Poupança e CDBs, até alternativas mais específicas, como LCIs, LCAs e Letras de Câmbio (LC).

Veja a seguir a lista completa do que é garantido:

  • Depósitos à vista: o saldo que você mantém em sua conta corrente;

  • Cadernetas de Poupança: a aplicação financeira mais tradicional do país;

  • Certificados de Depósito Bancário (CDB): títulos de renda fixa emitidos pelos bancos;

  • Recibos de Depósitos Bancários (RDB): são semelhantes aos CDBs, mas inegociáveis e intransferíveis;

  • Letras de Crédito Imobiliário (LCI): títulos lastreados em créditos do setor imobiliário;

  • Letras de Crédito do Agronegócio (LCA): títulos lastreados em créditos do agronegócio;

  • Letras de Câmbio (LC): emitidas por sociedades de crédito, financiamento e investimento;

  • Letras Hipotecárias (LH): títulos lastreados em créditos garantidos por hipotecas.

O que o FGC não cobre?

Conhecendo o que é FGC mais a fundo, este é um ponto que exige atenção redobrada: alguns investimentos, especialmente os de maior risco e potencial de retorno, não contam com essa proteção. 

A ausência da garantia não os torna investimentos ruins, mas exige que o investidor esteja ciente do risco envolvido ao não contar com o Fundo. Veja:

  • Fundos de investimento (de qualquer tipo): fundos de ações, multimercado, de renda fixa ou imobiliários. Compreendendo o que é FGC, é essencial saber que, nesses casos, a segurança está na regulamentação e na diversificação dos ativos do próprio fundo;

  • Ações, BDRs e ETFs: produtos de renda variável negociados na bolsa de valores;

  • Títulos Públicos (Tesouro SelicTesouro Prefixado, Tesouro IPCA+): estes títulos não têm FGC porque sua garantia é considerada ainda mais forte: a do Tesouro Nacional, ou seja, o próprio Governo Federal;

  • Debêntures: títulos de dívida emitidos por empresas (não financeiras).

  • CRI e CRA (Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio): títulos de renda fixa lastreados em fluxos de pagamentos de negócios.

  • Previdência Privada (PGBL e VGBL): possuem uma regulação própria supervisionada pela SUSEP (Superintendência de Seguros Privados).

  • Criptomoedas: são ativos digitais, portanto não são regulados pelo sistema financeiro tradicional.

Como solicitar o ressarcimento pelo FGC?

O FGC pode ser acionado quando uma instituição financeira coberta pelo fundo — como bancos, financeiras ou cooperativas de crédito — entra em intervenção, liquidação ou falência, tornando-se incapaz de devolver os depósitos e investimentos dos clientes.

Nessas situações, o fundo assume a responsabilidade de ressarcir o investidor dentro dos limites e regras estabelecidos.

O ressarcimento do Fundo Garantidor de Créditos não acontece de forma automática. Quando ocorre a liquidação de uma instituição financeira coberta pelo fundo, o correntista ou investidor precisa seguir alguns passos para receber os valores garantidos.

Na prática, o processo segue as seguintes etapas:

  1. Intervenção do Banco Central: tudo começa quando o Banco Central (BC) decreta a intervenção ou a liquidação extrajudicial da instituição financeira;

  2. Levantamento dos credores: então, o FGC solicita ao interventor a relação de todos os clientes, com depósitos e investimentos elegíveis à garantia e seus respectivos saldos;

  3. Escolha do banco pagador: o Fundo define um ou mais bancos para realizar o pagamento aos credores;

  4. Comunicação aos investidores: o FGC e a instituição liquidada comunicam os investidores sobre o início do pagamento, num processo público e transparente;

  5. Baixar o aplicativo oficial do FGC: o investidor deve preencher um cadastro, com seus dados oficiais e informar uma conta para receber o valor ressarcido. Esse processo dura cerca de 30 dias.

  6. Recebimento do valor: o investidor se dirige a uma agência do banco pagador escolhido, apresenta um documento de identidade e o CPF, assina o termo de cessão de direitos e, então, recebe o dinheiro — que pode ser creditado em uma conta de sua titularidade e sem custos.

Para quem é cliente Santander, receber o ressarcimento diretamente em uma conta Santander traz mais praticidade e segurança, já que todo o processo fica centralizado em um único banco.

Para quem ainda não é cliente, abrir uma conta Santander pode ser uma forma simples de centralizar a vida financeira e facilitar o recebimento do crédito garantido pelo FCG com toda estrutura digital e segurança de um banco sólido e eficiente.

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Pessoa Física: passo a passo para receber o FGC

Segundo informações da Agência Brasil, o investidor deve fazer o pedido, segundo as seguintes etapas:

  1. Baixar o aplicativo: instale o aplicativo oficial do FGC (disponível para dispositivos Android e iOS).

  2. Realizar o cadastro: preencha seu cadastro, inserindo seus documentos e dados pessoais.

  3. Cadastrar conta bancária: informe uma conta bancária de sua titularidade.

  4. Aguardar liberação: espere até que a opção de solicitação seja liberada.

  5. Solicitar o pagamento: peça o pagamento e conclua o processo com a assinatura digital.

  6. Receber a transferência: aguarde a efetivação da transferência para a conta bancária cadastrada.

Observação: Durante o procedimento, o FGC poderá solicitar documentos adicionais e validação biométrica para garantir a segurança da operação.

Pessoa Jurídica: passo a passo para receber o FGC

O processo para as empresas credoras receberem do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) é o seguinte:

  1. Acesso e cadastro: a empresa credora deve acessar o Portal do Investidor do FGC. O representante legal da empresa é responsável por acessar e preencher todas as informações solicitadas no portal.

  2. Instruções para documentação: após o cadastro inicial, o FGC enviará as instruções detalhadas por e-mail para o envio dos documentos necessários.

  3. Validação e pagamento: depois que o FGC validar a documentação e as informações, o pagamento será efetuado. O valor será creditado em conta-corrente ou poupança que esteja registrada sob o mesmo CNPJ da empresa credora.

Qual é o limite do FGC em 2025?

Como dito anteriormente, a proteção tem base em duas principais regras: a primeira delas é a estipulação de um valor máximo de R$250 mil por CPF em cada conglomerado financeiro, ou seja, esse limite se aplica a cada instituição em que você tem investimentos de maneira apartada.

Isso significa que, se você tiver mais de R$250 mil investidos em uma única instituição, parte do seu investimento pode não ser coberto pelo FGC.

Entretanto, se o mesmo valor estivesse distribuído entre duas ou mais instituições, desde que abaixo do teto em cada uma, seu investimento estaria integralmente coberto pelo Fundo.

Além disso, também existe um teto global de R$1 milhão a cada 4 anos consecutivos investidos. Veja em detalhes:

Para ilustrar como a regra funciona nesses dois cenários, preparamos alguns exemplos a seguir: 

Investimentos em uma única instituição

Vamos supor que você possua, por exemplo, R$350 mil aplicados em um CDB de uma instituição financeira — valor acima do limite de R$250 mil que comentamos acima.

Se essa instituição vier a falir, o FGC agirá como sua rede de segurança, garantindo o ressarcimento do valor limite de R$250.000,00 (principal e rendimentos).

Neste exemplo, como o valor de R$100 mil restantes ultrapassa o teto de cobertura do FGC, o dinheiro restante precisaria ser reavido através do processo de liquidação da própria instituição. 

Nesse caso, o investidor passa a ser um credor do banco, e o pagamento desse valor dependerá dos recursos que forem levantados com a venda dos ativos da instituição.

Investimentos distribuídos em várias instituições

Neste cenário, existe uma diversificação dos investimentos entre diferentes instituições e, juntos, eles também ultrapassam o limite do que é FGC.

Suponha que um investidor com R$500 mil possui R$250 mil aplicados em um CDB de um banco, e outros R$250 mil em uma LCI de uma segunda instituição financeira. 

Nessa situação, se ambas as instituições enfrentam problemas, o investidor teria direito à cobertura integral de seus R$500 mil. 

Isso ocorre porque, como explicamos anteriormente, o limite de R$250 mil é aplicado de forma independente para cada CPF em cada conglomerado financeiro, resultando em duas garantias distintas.

Teto global

A segunda regra de proteção é o teto global, criado em 2017. Essa regra limita o valor total de garantia que um investidor pode receber do FGC.

O limite é de R$ 1 milhão em garantias para cada CPF, válido por um período de quatro anos consecutivos.

Para o cálculo, o FGC soma todos os pagamentos feitos ao investidor nos últimos 48 meses. Após exatos quatro anos de um pagamento, esse valor sai da conta, liberando espaço no limite de R$ 1 milhão novamente.

É uma regra que afeta poucas pessoas, mas é essencial para entender completamente as regras do FGC.

Como investir com segurança

Investir em instituições sólidas e com longa trajetória no mercado é uma das principais formas de reduzir riscos e evitar dores de cabeça no futuro.

Bancos com história, governança consistente e robustez financeira, como o Santander, oferecem segurança para quem aplica seu dinheiro, diminuindo significativamente a chance de enfrentar situações que exijam acionar o ressarcimento do FGC.

Ao escolher uma instituição confiável, o investidor ganha tranquilidade para focar em seus objetivos, sabendo que seus recursos estão em um ambiente estável e preparado para atravessar diferentes cenários econômicos.

Investir com segurança não significa abrir mão de rentabilidade, mas fazer isso com uma base firme, com riscos reduzidos e planejamento financeiro de longo prazo.

Como você conferiu ao longo deste conteúdo, saber o que é FGC é fundamental para quem investe, pois ele representa um mecanismo de segurança essencial, que traz confiança e estabilidade para milhões de brasileiros.

Suas regras garantem uma sólida rede de proteção para as principais aplicações em renda fixa, e é importante utilizarmos o conhecimento sobre ele para investir de forma mais inteligente. 

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