As commodities estão presentes em todos os aspectos de consumo no nosso dia a dia. Do café feito pela manhã ao petróleo utilizado para o combustível do carro, esses produtos de origem primária são essenciais para a economia global.
Mas o impacto vai além do consumo: as commodities também são oportunidades de investimento, com preços que variam de acordo com oferta, demanda e até acontecimentos do outro lado do mundo.
Descubra o que são commodities, os tipos, as principais commodities brasileiras, como funcionam no mercado financeiro e formas de investir de maneira mais estratégica nesse setor tão importante para a economia.
O que são commodities?
Commodities são produtos básicos e padronizados, produzidos em grande escala, como soja, milho, petróleo e minério de ferro, que servem de matéria-prima para indústrias, alimentação e energia.
As commodities são negociadas globalmente com preços definidos pelo mercado internacional, conforme oferta, demanda e condições externas.
Esse tipo de mercadoria é fundamental para o funcionamento das economias, já que movimenta bilhões de dólares e conecta países produtores e consumidores ao redor do mundo.
Mudanças climáticas, políticas ou econômicas em países produtores podem influenciar no preço das commodities em escala global.
Além disso, investidores que operam na Bolsa de Valores costumam acompanhar o mercado de commodities, especialmente aqueles que buscam diversificar sua carteira com renda variável.
Quais são os tipos de commodities?
Os principais tipos de commodities são agrícolas, pecuárias, energéticas, metálicas e florestais, cada uma com sua função na economia:
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Commodities agrícolas: produtos obtidos diretamente do cultivo no campo e nas lavouras. São essenciais para a cadeia alimentar mundial e para a indústria, sendo negociados em larga escala. Exemplos incluem: soja, milho, trigo, arroz, café, açúcar e algodão;
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Commodities pecuárias: produtos derivados da criação e manejo de animais, fundamentais para alimentação e indústria alimentícia. Alguns exemplos são: boi gordo, carne suína, frango e leite;
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Commodities energéticas: fontes primárias de energia que abastecem indústrias, transportes e residências. Os principais exemplos são: petróleo, gás natural, carvão mineral, etanol e, em alguns mercados, eletricidade negociada em grande volume;
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Commodities minerais: incluem minérios e metais amplamente utilizados na indústria, construção civil e tecnologia. Os principais exemplos são: minério de ferro, alumínio, cobre, ouro e níquel.
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Commodities financeiras: contratos ou ativos negociados no mercado financeiro, diretamente ligados à movimentação de dinheiro no mundo. Exemplos: moedas (dólar e euro), contratos de índices acionários (como Ibovespa e S&P 500) e títulos públicos de governos.
Quais são as principais commodities brasileiras?
Agora que você já sabe o que são commodities e quais são os seus tipos, é importante conhecer as principais commodities brasileiras. Confira a seguir as principais:
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Soja;
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Milho;
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Café;
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Açúcar;
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Boi gordo;
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Minério de ferro;
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Petróleo.
Essas commodities têm uma grande relevância na economia brasileira: movimentam bilhões de reais todos os anos, fortalecem o PIB e impactam desde grandes investimentos até o valor que chega para você na conta do supermercado.
Como as commodities influenciam no mercado nacional e internacional?
As commodities desempenham um papel fundamental na economia, influenciando tanto com o mercado nacional quanto com o internacional.
No Brasil, por exemplo, elas representam grande parte das nossas exportações, gerando bilhões de dólares em receita e movimentando setores estratégicos do país.
Os principais impactos são:
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Câmbio: quando entra mais dinheiro das exportações, a taxa de câmbio pode favorecer o real, tornando a nossa moeda mais forte frente ao dólar.
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Custo de vida: as variações nos preços influenciam diretamente no custo de vida, já que produtos do cotidiano podem ficar mais caros ou mais baratos conforme a cotação internacional.
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Inflação: a alta nos preços das commodities costuma elevar a inflação, impactando itens essenciais como alimentos, combustíveis e energia. Consequentemente, esses aumentos são rapidamente sentidos pelos consumidores, afetando o orçamento familiar.
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Demanda e oferta globais: no cenário internacional, as commodities conectam economias do mundo inteiro. Se um país grande produtor tem problema na safra ou algum conflito político, isso pode reduzir a oferta global e fazer o preço disparar, afetando todos os outros mercados.
Isso explica por que notícias sobre clima, política ou produção em países como Brasil, EUA e China têm tanto impacto em bolsas e empresas do mundo todo.
Portanto, as commodities funcionam como termômetros da economia: quando seus preços mudam, afetam desde as exportações e o saldo comercial dos países até o preço final pago pelo consumidor comum, tornando o mercado mais dinâmico e dependendo do caso, até mais instável.
Investir em commodities: vantagens e desvantagens
Antes de investir em commodities, é fundamental conhecer as vantagens e as desvantagens para uma decisão consciente e alinhada com o que você busca para o seu dinheiro.
Vantagens
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Alta liquidez: facilidade de comprar ou vender commodities ou ativos relacionados a elas rapidamente, porque há grande volume de negociações no mercado;
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Potencial de ganhos: quando a demanda global aumenta, as commodities costumam se valorizar rapidamente, o que pode gerar bons retornos;
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Diversificação: incluir commodities nos investimentos pode reduzir a dependência de ações ou investimentos de renda fixa, tornando a carteira mais equilibrada.
Desvantagens
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Volatilidade alta: os preços das commodities podem oscilar bastante, influenciados por clima, fatores políticos, crises globais ou desastres naturais;
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Complexidade: alguns investimentos em commodities, como contratos futuros, são mais avançados e não são recomendadas para quem está começando;
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Exposição a riscos específicos: problemas como pragas agrícolas, embargos, ou mudanças bruscas na legislação ambiental podem afetar alguns tipos de commodities.
Vale a pena investir em commodities?
Investir em commodities pode ser vantajoso para quem está disposto a assumir mais riscos em troca de ganhos potencialmente maiores no mercado financeiro, ou seja, aqueles com perfil mais arrojado.
Como o preço pode oscilar muito, o investimento em commodities geralmente não combina com quem procura uma renda estável.
Mas se você está montando uma carteira diversificada, gosta de acompanhar o mercado e entende sobre oscilações da Bolsa de Valores, incluir commodities pode, sim, balancear sua carteira.
Hoje, é possível investir em commodities sem complicação, comprando ações de empresas ligadas ao setor (tipo mineradoras, siderúrgicas, petrolíferas), fundos de investimento ou, para quem está mais avançado, operando diretamente no mercado futuro.
É fundamental saber exatamente no que está colocando o seu dinheiro e entender que todo investimento envolve riscos.
Fique atento aos fatores que podem impactar os preços e procure informação confiável antes de escolher a forma de investir.
No Santander, por exemplo, você conta com assessores prontos para te ajudar, uma plataforma simples e intuitiva, além de um portfólio completo, com alternativas de investimentos que podem se encaixar com o seu perfil.
Importante: Este material foi elaborado pelo Banco Santander (Brasil) S.A (“Banco Santander”), a título informativo, e tem como objetivo fornecer informações macroeconômicas e apresentar opções de investimento disponíveis para o mercado brasileiro, sendo destinados exclusivamente a residentes no Brasil. Os instrumentos financeiros discutidos neste material podem não ser adequados para todos os investidores. Este material não leva em consideração os objetivos de investimento, situação financeira ou necessidades específicas de qualquer investidor. Qualquer informação contemplada neste material deve ser confirmada quanto às suas condições, antes da conclusão de qualquer negócio. O preenchimento do formulário API - Análise de Perfil do Investidor é essencial para garantir a adequação do perfil do cliente ao produto de investimento escolhido. Os investidores devem obter orientação financeira independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar uma decisão de investimento. O Banco Santander (Brasil) S. A. (“Banco Santander”) não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas e se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou seu conteúdo. Leia previamente as condições de cada produto antes de investir.