Nos últimos dias, várias postagens nas redes sociais levantaram uma dúvida que deixou muita gente preocupada: será que o Governo vai começar a cobrar Imposto de Renda sobre as transações feitas via Pix?
Segundo os boatos, qualquer pessoa que recebesse mais de R$ 5 mil em um mês por Pix estaria automaticamente na mira da Receita Federal.
Mas será que isso é verdade? Neste artigo, vamos esclarecer o que está acontecendo de fato e o que é apenas desinformação. Boa leitura!
Afinal, o Pix vai ser taxado?
Não. O Pix, por si só, não será taxado. Nenhuma transação feita via Pix está sendo diretamente tributada. Isso significa que o simples fato de você fazer ou receber um Pix — seja de R$ 10 ou R$ 10 mil — não gera nenhum imposto automático.
O Pix continua sendo um meio de pagamento gratuito e acessível, como sempre foi. Inclusive, a Medida Provisória (MP 1.288/2025) editada pelo Governo Federal garante que as transações feitas por meio do Pix não serão tributadas.
Portanto, essa legislação torna público o impedimento formal para a cobrança de valores adicionais e tributos incidentes sobre pagamentos feitos por Pix.
Vale a leitura: O Pix vai ser taxado? Entenda as novas regras da Receita Federal
O Governo vai cobrar Imposto de Renda sobre o Pix?
É falso que o Governo tenha criado tributos sobre o uso do Pix. Assim como não existe taxação do Pix ou cobrança de Imposto de Renda sobre o meio de pagamento.
Então de onde veio essa história?
A confusão surgiu porque, recentemente, a Receita Federal reforçou a necessidade de monitorar movimentações financeiras, inclusive as feitas via Pix.
O objetivo é identificar inconsistências entre o que as pessoas declaram no Imposto de Renda e o que realmente movimentam em suas contas bancárias. Se você movimenta valores muito acima do que declarou como renda, isso pode chamar a atenção da Receita.
Mas isso já acontecia antes do Pix, com TEDs, DOCs e até depósitos em dinheiro. A diferença agora é que o Pix se popularizou e virou o principal meio de pagamento no Brasil.
E o que é essa história de “Pix acima de R$ 5 mil”?
Outro ponto que causou controvérsia foi a menção ao valor de R$ 5 mil. Algumas mensagens diziam que qualquer pessoa que recebesse mais de R$ 5 mil por Pix no mês passaria a pagar imposto automaticamente. Isso também é falso.
O que existe é uma nova regra que obriga instituições financeiras e bancos a informarem à Receita Federal movimentações de pessoas físicas acima de R$ 2 mil por mês (e de R$ 5 mil para empresas).
Essa é uma forma de fiscalização, mas não significa cobrança automática de imposto. A Receita pode usar essas informações para cruzar dados e, se necessário, pedir esclarecimentos. Nada mais do que isso.
E o “Pix dos impostos”? O que é isso?
Esse termo surgiu para se referir ao “split payment”, uma proposta da reforma tributária que ainda está em fase de estudo. A ideia é que, no futuro, o valor dos impostos seja automaticamente separado na hora do pagamento — o consumidor paga, uma parte vai para o fornecedor, outra vai direto para o Governo.
Mas esse sistema ainda não foi implementado e, mesmo que venha a ser, ele não tem nada a ver com o Pix de pessoa física, nem representa um novo imposto. Trata-se apenas de uma mudança na forma como os impostos já existentes seriam recolhidos.
Devo me preocupar?
Se você usa o Pix para transferências do dia a dia, vendas esporádicas, dividir contas ou receber por trabalhos devidamente declarados, não há motivo para preocupação. O que o Governo está fazendo é intensificar a fiscalização para combater fraudes e sonegação fiscal, mas não criou nenhum imposto novo sobre o Pix.
O importante é manter sua contabilidade organizada e, se você tiver uma movimentação financeira relevante, garantir que sua declaração do Imposto de Renda esteja de acordo com a realidade.
Portanto, podemos concluir que:
• O Pix não será tributado.
• Não há imposto automático por receber R$ 5 mil via Pix.
• Receita está apenas reforçando a fiscalização.
• O importante é manter sua declaração de IR compatível com sua movimentação bancária.
Fique atento às fake news e busque sempre fontes confiáveis! Se você ainda tiver dúvidas sobre o assunto, consulte o site oficial da Receita Federal ou fale com um contador de confiança.
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