A decisão de ter um filho é uma das mais significativas que se possa tomar na vida. Entretanto, além do amor e toda emoção envolvida com a chegada de um novo membro à família, também é importante considerar os aspectos financeiros dessa jornada. Afinal, criar e sustentar uma criança com tudo o que ela precisa até a maioridade envolve uma série de custos que impactam no orçamento da casa.
De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 30% da renda familiar é destinada à criação dos filhos. E isso inclui desde alimentação e roupas até lazer e custos comuns, como o próprio aluguel.
Para te apoiar no planejamento deste momento tão importante, criamos este conteúdo que se aprofunda nos diferentes aspectos financeiros da criação de um filho – dos custos básicos como alimentação e saúde, até despesas mais complexas, como educação até a maioridade. Boa leitura!
Quais são os custos iniciais para ter um filho?
Diferentes estudos sobre o tema definem o custo para se ter um filho, mas isso pode variar por diversos fatores – principalmente entre classes sociais. Com base em dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2017 a 2018, divulgada pelo IBGE, o E-Investidor, portal do Estadão, fez um estudo com valores corrigidos pela inflação para 2022.
Na publicação, foram consideradas cinco faixas etárias para estipular uma média de despesas em cada fase do desenvolvimento.
Nesta pesquisa, o valor médio total investido em todo o período da fase do nascimento até os 5 meses de vida foi de R$ 2.509,86, levando em conta alimentação, fraldas, convênio e vacinas. É preciso considerar a possibilidade de a criança precisar de fórmula infantil, o que pode elevar os custos mensais.
Para mães que vão gestar o bebê, é preciso considerar as despesas relacionadas ao período pré-natal, como:
- Consultas médicas;
- Exames;
- Suplementos vitamínicos para a gestante;
- Internação hospitalar e parto;
- Enxoval para o bebê com itens essenciais para os primeiros meses de vida.
No cálculo da pesquisa do IBGE, não foram considerados os custos de acessórios para bebês, como carrinho, banheira, berço, babadores, roupas de cama e banho, produtos de higiene e móveis para o quarto do bebê – itens que podem somar entre R$ 5 mil e R$ 15 mil nos gastos iniciais – dependendo dos padrões financeiros de cada família.
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Quais os custos de uma criança nos primeiros anos de vida?
Como receber benefícios de licença maternidade não é uma realidade para todas as mães, de forma geral é importante considerar a necessidade dos cuidados com o bebê por terceiros assim que ele nasce – como uma creche, seja pública ou particular, ou mesmo uma babá – para o período em que os pais estão no trabalho.
Além das despesas médicas e fraldas, nesta fase outros elementos podem entrar no orçamento, como:
- Creche ou escola maternal;
- Alimentação elaborada;
- Cama adequada para o desenvolvimento da criança;
- Roupas e calçados;
- Adaptações na casa para segurança da criança, como telas e protetores em móveis e tomadas.
Ainda de acordo com o estudo, os custos nessa fase até os 2 primeiros anos de vida podem chegar até R$ 23.912,20 no total para todo o período, sendo os custos médicos e com convênios os mais pesados dessa conta. Esse valor pode ser menor ou até maior dependendo dos produtos e marcas escolhidas pela família, incluindo a necessidade pela creche e suplementação alimentar da criança.
Já na fase de maior autonomia da criança, dos 3 aos 5 anos de idade, os gastos com fraldas já não são contabilizados. Ao mesmo tempo, brinquedos, lazer e roupas entram na conta junto dos custos básicos com alimentação, convênio médico e escola – itens essenciais que chegam à soma de R$ 28.801,44 no total para todo o período, de acordo com os dados levantados na pesquisa do IBGE.
E o que incluir nos custos da adolescência até a maioridade?
Os dados da pesquisa mostraram que, em um período de cinco anos, dos 13 aos 18 anos, o investimento nos itens básicos para o sustento de um filho pode chegar até a R$ 95.239,56 no total para esta fase – isso para famílias de classes mais altas, entre A e B.
Aqui, entram investimentos de médio a longo prazo, como:
- Escola particular;
- Cursos extracurriculares e preparatórios;
- Planejamento financeiro para faculdade;
- Livros e materiais de estudo;
- Tratamentos ortodônticos;
- Planejamento para eventos e viagens em família.
Se considerar o período da infância até a maioridade de um filho, do zero aos 18 anos de idade, os custos vão variar de acordo com a renda da família. Enquanto as classes D e E investem, ao todo, uma média de R$ 60 mil a R$ 240 mil no total para essa fase, as classes mais altas podem chegar a investir 15 vezes mais.
Como se planejar financeiramente para ter um filho?
Por mais variáveis que sejam as despesas envolvidas na criação de um filho, ainda assim é possível prever os custos mais básicos como mencionamos anteriormente.
Abaixo, listamos algumas dicas e estratégias para lidar com essa responsabilidade da melhor forma e fazer desta jornada um momento mais tranquilo possível para o orçamento da família:
- Na medida do possível, faça uma reserva de emergência, considerando os gastos atuais da família somando mais um membro que está prestes a chegar;
- Crie um orçamento detalhado com as despesas mais básicas do filho, como alimentação e custos de saúde;
- Desde o período da espera pela criança, faça um tipo de poupança para economizar para todas as grandes despesas a longo prazo, desde planos de saúde e mensalidades escolares;
- Se for o caso, de acordo com sua renda familiar, busque por programas de apoio à maternidade e à infância, como o Bolsa Família ou o Salário Família;
- Invista em um plano de previdência privada para garantir maior estabilidade financeira a longo prazo para toda a família.
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Como vimos, os custos para ter um filho no Brasil podem variar muito de uma família para outra. Mas qualquer uma delas vai precisar de um planejamento financeiro cuidadoso, priorizando as possibilidades de cada lar e, acima de tudo, o bem-estar da criança e dos pais.
E como nem sempre a renda familiar é o bastante para cobrir todos os gastos, inclusive com a chegada de uma criança, ter a ajuda de um crédito extra pode ser determinante para salvar seu orçamento. Por isso, se estiver considerando um empréstimo, aproveite para conhecer as opções do Santander: