Imagine receber uma ligação da sua irmã pedindo ajuda para encontrar o sobrinho que desapareceu. A voz é idêntica, a urgência é real, e ela ainda cita fatos que só vocês duas sabem. O que você faria?
Agora, imagine descobrir que aquela voz… não era da sua irmã.
É exatamente isso que acontece com Alice, protagonista do thriller sonoro Protocolo Alice, disponível no Spotify. Ela é vítima de um golpe de voz com deepfake, que vira sua vida de cabeça pra baixo.
Neste texto, vamos mostrar como esse tipo de fraude funciona, quais sinais ajudam a identificar uma farsa e o que Alice (ou qualquer pessoa) poderia fazer para não cair em um golpe assim.
O que você deve saber sobre deepfake
O termo deepfake vem da união de deep learning (aprendizado profundo) e fake (falso). É uma técnica de inteligência artificial capaz de manipular vídeos, áudios e imagens para alterar o contexto ou criar conteúdos completamente novos — e extremamente convincentes.
Com material suficiente, a IA aprende padrões faciais e vocais de uma pessoa, podendo trocar rostos, sincronizar falas e até imitar uma voz com perfeição.
Se antes o deepfake era mais usado em entretenimento, hoje tornou-se uma ferramenta para golpes. Alguns casos recentes no mundo já ultrapassaram milhões de dólares fraudados, como em 2024, quando uma empresa perdeu mais de US$ 25 milhões após uma reunião inteira ser simulada com deepfake de vídeo.
Por isso, a regra de ouro é sempre perguntar: “Isso realmente foi feito por essa pessoa ou é inteligência artificial?”
Leia também: O que é deepfake e como se proteger?
Protocolo Alice: quando a segurança digital encontra o entretenimento
O podcast usa o entretenimento para falar de um tema crítico: como a tecnologia pode ser usada tanto para facilitar nossas vidas quanto para manipular a realidade. Enquanto acompanhamos a trama, questões como identidade digital, biometria e golpes virtuais aparecem de forma natural e urgente.
Como a Alice poderia ter se protegido de um golpe com deepfake
Ainda que deepfakes pareçam reais, eles deixam pistas. Um olhar crítico, aliado a alguns hábitos de segurança, faz toda a diferença. Veja como Alice (e qualquer pessoa) poderia ter se protegido:
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Retornar a ligação para confirmar a história
Antes de tomar qualquer decisão, Alice poderia desligar e ligar de volta para a irmã. Isso impediria que o golpista mantivesse o controle e confirmaria rapidamente se o pedido era verdadeiro.
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Nunca compartilhar informações confidenciais, como senhas ou dados de acesso por ligação ou mensagem
O criminoso só avançou na trama porque recebeu informações que o ajudaram a manipular Alice.
Senhas, códigos, cartões, documentos e dados bancários nunca devem ser compartilhados, mesmo que a voz pareça legítima.
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Usar palavras-chave de segurança
Na era dos golpes digitais, ter uma palavra ou frase de segurança pode ser um salva-vidas! Uma simples palavra secreta combinada previamente entre familiares poderia ter alertado Alice de que a ligação não era real.
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Manter a calma mesmo em situações adversas
Golpes de deepfake normalmente exploram pressão emocional, urgência e caos. Se algo exige ação imediata, sem tempo para pensar, isso já é um sinal de alerta. Pare e pense antes de responder!
Leia também: Como não cair em golpes financeiros na internet?
Como evitar deepfake e outros golpes virtuais
A melhor proteção não é técnica: é atitude digital defensiva. O Santander reforça algumas práticas essenciais:
Fortaleça suas contas e desconfie sempre
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Santander nunca solicita senhas, códigos de segurança ou tokens por telefone, e-mail, SMS ou WhatsApp.
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Recebeu uma ligação emocional ou agressiva pedindo dinheiro? Desligue e confirme por outro canal oficial.
Dica de ouro: ligue para essa pessoa no número que você já tem salvo. Faça uma chamada de vídeo e peça para ela fazer um gesto específico (como tocar o nariz). A verificação é seu melhor escudo.
Proteja seus dispositivos e sua imagem
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Ative a autenticação em duas etapas em todas as contas.
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Mantenha antivírus e sistemas atualizados.
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Controle quem vê suas informações em redes sociais. Quanto menos exposto, menor o risco de alguém coletar dados para criar deepfakes convincentes.
O Santander é o seu parceiro de segurança na era digital
A tecnologia de IA avança rápido, mas sua segurança avança junto. O Santander quer que você use o digital com confiança, e por isso incentiva boas práticas, consciência e educação digital.
Em vez de só ler sobre segurança, que tal ouvir como esses golpes acontecem na prática? Escute Protocolo Alice no Spotify e mergulhe na história.