No dia a dia, todos estamos sujeitos a golpes praticados por pessoas mal-intencionadas. No entanto, os idosos costumam estar ainda mais vulneráveis a esse tipo de crime, especialmente com o avanço da tecnologia e a crescente inserção desse público no ambiente digital.
Com mais idosos utilizando celulares, redes sociais e aplicativos bancários, os golpistas passaram a direcionar cada vez mais suas fraudes a esse grupo, muitas vezes, explorando a falta de familiaridade com o mundo digital.
Se você tem pessoas mais velhas na família ou entre seus conhecidos, é essencial saber como orientá-las e protegê-las. Neste conteúdo, você vai entender quais são os golpes mais comuns contra idosos, as medidas de prevenção recomendadas por lei e como agir em caso de tentativa ou confirmação de fraude.
Boa leitura!
Quais são os golpes mais comuns contra idosos?
É importante que os idosos, e seus familiares, conheçam os tipos de golpes mais praticados hoje em dia. Abaixo, listamos os principais:
Golpe do falso funcionário do banco
Também conhecido como golpe da falsa central eletrônica, esse golpe começa com uma ligação inesperada: o criminoso se passa por um funcionário do banco e informa uma suposta transação suspeita na conta da vítima.
Esses golpistas costumam simular centrais de atendimento com vozes automatizadas, sons de fundo e até números que parecem confiáveis — tudo para criar um ambiente realista e ganhar a confiança da vítima.
Com tom técnico e convincente, ele tenta induzi-la a realizar uma transferência, fornecer senhas, códigos de validação ou até mesmo o número do cartão.
Uma vez com as informações em mãos, usam os dados para fazer movimentações não autorizadas e causar grandes prejuízos financeiros.
Fique atento: o Santander nunca liga pedindo para você realizar uma transação, informar senhas, códigos ou entregar seu cartão a terceiros. Percebeu algo suspeito? Desconfie. Pode ser golpe.
Golpe do parente em apuros
Esse golpe emocional tem se tornado cada vez mais comum entre os idosos. O criminoso se passa por um parente próximo, geralmente um filho ou neto, e envia mensagens ou faz ligações pedindo dinheiro com urgência.
A desculpa mais comum é a de que “trocou de número”, seguida de um pedido de ajuda para pagar uma conta, consertar o carro ou resolver uma emergência médica. Pela pressa e comoção, muitas vítimas realizam transferências sem checar a veracidade da situação.
Dica: sempre confirme com outros familiares antes de tomar qualquer atitude.
Golpes via links falsos
Os golpes com links falsos são sofisticados e costumam envolver mensagens com promoções, descontos, prêmios ou alertas de segurança, como: “compra não reconhecida” ou “confirme seus dados”.
Esses conteúdos chegam por e-mail, SMS ou aplicativos de mensagens e direcionam a vítima a sites fraudulentos que simulam páginas reais. Lá, os criminosos capturam informações pessoais e bancárias, como senhas, números de cartão e CPF.
Importante: nunca clique em links de remetentes desconhecidos e desconfie de mensagens com senso de urgência.
Leia também - Como se prevenir de golpes com links falsos
Clonagem de WhatsApp
Nesse golpe, o idoso recebe uma mensagem dizendo que precisa confirmar um código para concluir um cadastro ou promoção. Ao compartilhar o código de verificação, ele entrega o acesso da própria conta de WhatsApp aos golpistas.
Com o aplicativo clonado, os criminosos se passam pela vítima e enviam mensagens aos contatos pedindo dinheiro, geralmente com histórias urgentes.
Em outros casos, o golpe começa com o envio de links maliciosos ou mensagens que parecem ser de alguém conhecido. Ao clicar ou interagir, os dados são capturados e usados indevidamente.
Dica: nunca compartilhe códigos recebidos por SMS. Ative a verificação em duas etapas no WhatsApp.
Investimentos falsos ou promessas de retorno garantido
Criminosos aproveitam o interesse de idosos por formas seguras de fazer o dinheiro render para oferecer investimentos fraudulentos, geralmente com promessas de retorno garantido e lucros rápidos.
Esses golpistas se apresentam como consultores financeiros ou representantes de empresas sérias e usam documentos falsificados, sites profissionais e jargões técnicos para convencer a vítima. Na verdade, trata-se de esquemas de pirâmide ou aplicações sem qualquer respaldo.
Alerta: desconfie de qualquer oferta que prometa retorno rápido e acima da média do mercado, isso costuma ser sinal de golpe.
Golpe do INSS
Nesse golpe, os criminosos entram em contato com beneficiários se passando por servidores do INSS, usando como pretexto a necessidade de realizar a Prova de Vida ou regularizar o pagamento do benefício.
Eles utilizam vários canais: telefonemas, mensagens por WhatsApp ou SMS, e-mails e até cartas. Para criar um clima de urgência, alegam que o benefício pode ser bloqueado caso a vítima não forneça seus dados pessoais, fotos de documentos ou realize um cadastro por link falso.
Importante: o INSS não solicita informações pessoais por telefone, mensagem ou e-mail. Também não envia links para cadastro de biometria facial. Se receber qualquer contato desse tipo, não forneça nenhum dado e encerre imediatamente a comunicação.
Golpe do falso motoboy
Neste golpe, o criminoso liga para o idoso se passando por funcionário do banco e afirma que uma compra suspeita foi identificada no cartão de crédito. Ele finge estar ajudando e orienta a vítima a cortar o cartão ao meio, mantendo o chip intacto, e entregá-lo a um motoboy “autorizado” que irá até sua casa para supostamente averiguar a operação.
Com o cartão e o chip em mãos, os golpistas realizam compras reais antes que o bloqueio seja solicitado.
Atenção: o banco nunca envia motoboys para recolher cartões ou pede o envio físico de documentos pessoais.
Golpe da selfie com o documento
Os golpistas entram em contato com o idoso se passando por representantes de bancos, operadoras ou até do INSS, alegando a necessidade de atualizar dados cadastrais. Com isso, pedem que a vítima envie uma selfie segurando o documento de identidade.
Com essa imagem, os criminosos conseguem abrir contas fraudulentas, fazer empréstimos, contratar serviços e até realizar compras em nome da vítima, causando grandes prejuízos financeiros e legais.
Importante: bancos e instituições sérias jamais solicitam selfies com documentos por mensagem, ligação ou e-mail.
Golpe dos Correios
O golpe começa com uma mensagem informando sobre uma encomenda retida nos Correios, com um link para “acompanhar a entrega” ou “regularizar a situação”. Ao clicar, o idoso é direcionado a um site falso, onde fornece dados pessoais e bancários, ou até faz um pagamento indevido.
Dica: sempre desconfie de mensagens com links não oficiais e não insira dados em sites desconhecidos. Acompanhe entregas apenas pelos canais oficiais dos Correios.
Golpe do boleto falso
Esse golpe acontece quando o idoso acessa um site fraudulento ou recebe um boleto alterado por e-mail, WhatsApp ou redes sociais. O documento parece legítimo, mas o código de barras redireciona o pagamento para contas dos criminosos.
É comum em boletos de contas de consumo, mensalidades e até renegociação de dívidas.
Previna-se: baixe boletos apenas de canais oficiais, confira o nome do beneficiário e use o app do banco para escanear e verificar a autenticidade antes de pagar.
Aprenda a reconhecer um boleto falso:
Como ajudar os idosos a se protegerem dos golpes digitais?
Nem todos os idosos estão familiarizados com os ambientes digitais, com conversas que acontecem em aplicativos de mensagens e com links falsos, por exemplo. Isso faz com que, se eles forem vítimas de golpes ou de fraudes, os prejuízos sejam tão complicados quanto seria com pessoas que conhecem um pouco melhor sobre internet.
Por causa disso, se você conhece uma pessoa de mais idade, é ideal entender como explicar sobre os riscos dessas situações e a auxiliar este público a reconhecer quando uma situação é golpe.
Confira a seguir as dicas dos nossos especialistas e aproveite para discutir essa questão com os membros da terceira idade.
1. Explique a importância de senhas fortes
Idosos costumam utilizar senhas simples e repetidas. Oriente-os a criar combinações mais seguras e a não compartilhar essas senhas com ninguém.
Dicas para criar senha forte:
• Use letras maiúsculas, minúsculas, números e símbolos;
• Evite datas de nascimento, nomes de parentes ou sequências fáceis;
• Não repita senhas entre diferentes serviços;
• Troque as senhas periodicamente.
2. Mantenha os dispositivos protegidos
Todo dispositivo deve ter um programa de antivírus instalado, isso porque se trata de um recurso ideal para criar mais uma camada protetora contra todos os tipos de vírus, de forma a identificar possíveis ameaças mesmo antes de serem instaladas.
Oriente o idoso a:
• Manter o celular e o computador atualizados;
• Utilizar antivírus confiável;
• Ativar bloqueio de tela com senha ou biometria;
• Não clicar em links de remetentes desconhecidos.
Isso proporcionará correções de vulnerabilidades e bugs, aumentando a segurança e melhorando o desempenho dos equipamentos.
3. Mostre exemplos reais de golpes
Use imagens ou capturas de tela com mensagens falsas, e-mails suspeitos e links maliciosos para mostrar como esses golpes acontecem na prática. Isso ajuda o idoso a identificar fraudes com mais facilidade.
4. Oriente sobre situações que envolvem bancos
Reforce com o idoso que bancos nunca pedem informações confidenciais por telefone, SMS ou e-mail. Também nunca enviam motoboys ou entregadores para recolher cartões ou documentos.
Se for cliente Santander, por exemplo:
• Nunca solicitamos senhas, ID Santander ou códigos de validação por telefone, e-mail ou mensagem;
• Nunca pedimos que o cliente vá até um caixa eletrônico para “cancelar” operações suspeitas;
• Jamais enviamos alguém à residência para recolher o cartão bancário.
Se houver suspeita, o cartão deve ser cancelado diretamente pelo aplicativo ou central oficial.
O que fazer se o idoso for vítima de um golpe?
1. Entre em contato com o banco imediatamente para bloquear contas e cartões;
2. Registre um boletim de ocorrência em uma delegacia física ou online;
3. Avise familiares ou cuidadores para garantir suporte emocional e orientação;
4. Reúna provas: prints, números de telefone, links, e-mails ou mensagens trocadas com o golpista;
5. Acompanhe o processo com o banco para tentar o ressarcimento (quando aplicável) e reforçar os alertas de segurança.
Seja com os idosos ou com pessoas de qualquer idade, segurança é coisa séria. Para ajudar você a ficar seguro na maioria das situações cotidianas, aqui no Blog Santander não faltam conteúdos completos sobre golpes e fraudes. Você também pode consultar a nossa página sobre como se proteger para encontrar ainda mais informações.
E se você for vítima de golpe, entre em contato com a nossa Central de Atendimento (4004-3535) ou pelo Chat Santander para reportar o ocorrido.