Músicas, batidas, ritmos e até o silêncio: essa novidade é para todos os observadores e amantes do som! Entre os dias 5 de julho e 13 de outubro de 2024, o Farol Santander São Paulo vai receber a exposição “Virada Sônica: a escalada do som na arte contemporânea”, que traz o som como protagonista em diversas formas artísticas – desde instalações até performances multimídia.
Na mostra, vai ser possível “visualizar” o som de diferentes maneiras, além de entender seu impacto no ambiente ao redor. Por meio de experiências sensoriais intensas e imersivas, a exposição vai nos convidar a perceber as sutilezas do som, que podem ser únicas para cada ouvinte.
Quer saber mais sobre a Virada Sônica e entender essa viagem? Continue a leitura e já comece a se preparar para visitar essa exposição exclusiva.
O que significa ‘Virada sônica’?
O termo que deu nome à exposição não foi escolhido por acaso. A expressão passou a ser usada por críticos e pesquisadores nos anos 1990, e se refere a uma transformação radical na arte contemporânea. Nela, o som deixa de ter um papel secundário nas narrativas visuais para ser protagonista.
A arte sonora deixou de ser apenas uma tendência nos últimos anos para se consolidar como uma manifestação artística fundamental. A exposição coletiva, que vai ser exibida nos andares 24 e 23 (isso mesmo, nesta ordem) do Farol Santander São Paulo, mostra justamente essa quebra de paradigma.
O que está por trás da história da Virada Sônica?
Muita coisa se passou para que a mostra no Farol Santander acontecesse. Considerado como o período da audição, o século XX foi um dos que mais trouxe novas tecnologias para registrar os sons.
Desde máquinas para espalhar as ondas musicais e o aumento dos ruídos urbanos até o surgimento do rádio, da televisão e do cinema, foram diversas as possibilidades que criaram uma sensibilidade auditiva na sociedade, transformando a maneira como sons e escutas foram moldados por meios e mediações.
Antes da invenção do fonógrafo por Thomas Edison em 1877, a vida sonora era linear, dependente da memória biológica e coletiva das comunidades para ser preservada ao longo do tempo. A capacidade de um dispositivo gravar e reproduzir sons acabou alterando o processo de transmissão de informações, causando uma verdadeira revolução na percepção de mundo.
Por isso, a exposição no Farol SP destaca a relevância do som na arte dos últimos 20 anos, sendo a primeira grande mostra coletiva dedicada a essa prática no Brasil e indo além de uma análise simplista sobre a relação entre som e imagem.
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Como vai ser a exposição Virada Sônica no Farol?
Com obras de 20 artistas, a mostra tem curadoria de Chico Dub e aborda temas como a fisicalidade do som, ou seja, como ele pode ser material e palpável. Também traz fenômenos acústicos – fonofotografias, sonificação, plásticas, paisagens e gambiarras sonoras, sons inauditos, cosmofonias (possibilidades do som), escuta profunda e a utopia do silêncio.
De pioneiros como Walter Smetak, John Cage e Yoko Ono à destaques da arte contemporânea, como Christine Sun Kim, passando por artistas brasileiros de diferentes gerações, a exposição ‘Virada Sônica’ vai transformar o espaço do Farol Santander em eventos sonoros interativos – tornando você participante de cada obra!
Ao entrar nesse universo, os visitantes são convidados a refletir sobre a importância do som na percepção do mundo. Mais que uma simples apreciação estética, a exposição se apresenta como um espaço de diálogo em que o som aparece como uma ferramenta poderosa de transformação social.
Para o curador, “ao celebrar a potência do som, a exposição expande o conceito de escuta, sugerindo que ouvir não é apenas um ato passivo, mas uma atividade ativa que nos conecta com o ambiente ao nosso redor”.
Sobre o curador: Chico Dub é diretor artístico, curador e gestor cultural com 15 anos de experiência em arte sonora e música experimental. Já organizou exposições no Brasil e no exterior, e é curador do Festival Novas Frequências com alcance na América do Sul.
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Confira as informações para visitar a exposição
O que: Exposição Virada Sônica: a escalada do som na arte contemporânea
Quando: De 05 de julho a 13 de outubro
Onde: Farol Santander São Paulo - R. João Brícola, 24 - Centro Histórico de São Paulo
Valores:
Inteira – R$ 40
Meia – R$ 20
Cliente Santander – R$ 36
Visitação: de terça a domingo, das 9h às 20h, sendo o último acesso às 19h com permanência até às 20h.
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