Em 2025, a taxa Selic deve encerrar o ano em 15%, segundo o Relatório Focus do Banco Central. Juros básicos nesse patamar não são observados desde 2006 e significam crédito mais caro em todas as modalidades.

Enquanto famílias veem suas parcelas ficarem mais altas, alguns setores da economia sentem o aperto de forma mais intensa, como o imobiliário, varejo e automotivo.

A seguir, entenda como essa dinâmica funciona na prática e o que consumidores e empresas podem fazer para se preparar.

O que é a Selic e por que ela é tão importante para o mercado financeiro?

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central. Ela serve de referência para o custo do crédito em operações como empréstimos bancários, crédito pessoal e financiamentos. Por isso, quanto maior a Selic, mais caro fica tomar dinheiro emprestado.

No mercado financeiro, a Selic também influencia diretamente a rentabilidade de investimentos de renda fixa, como os títulos do Tesouro Direto, CDBs e outros produtos atrelados aos juros.

De forma geral, a Selic é uma das principais ferramentas da política monetária para controlar a inflação e direcionar a atividade econômica. Seu nível impacta desde o poder de compra das famílias até o planejamento financeiro das empresas.

Pessoa fazendo cálculos em ambiente de trabalho, representando os efeitos da alta da SELIC na economia.

Projeção da Selic até o final de 2025

De acordo com o Relatório Focus - pesquisa semanal que reúne as projeções de diversas instituições financeiras - a taxa Selic deve se manter e fechar 2025 em 15% ao ano, mantendo-se nesse nível até dezembro.

Na última reunião, o Copom elevou a Selic de 14,75% para 15%, e essa decisão tem como objetivo principal conter a inflação e ancorar as demais taxas de juros no Brasil.

Como a Selic influencia os financiamentos?

Quando o Banco Central aumenta a Selic, o custo de captação dos bancos também sobe. Como resultado, as instituições financeiras repassam esse aumento para os consumidores, elevando as taxas de juros em financiamentos e empréstimos. Isso faz com que o custo total do crédito se torne mais caro, impactando diretamente quem busca financiar a compra de bens ou contratar empréstimos.

Setores mais afetados às variações da Selic

Alguns setores são mais impactados pela variação da Selic, especialmente os que dependem de crédito.

O setor imobiliário é o mais afetado, pois o financiamento mais caro dificulta a compra de imóveis e a realização de novos projetos.

Varejo e construção civil também sofrem, pois precisam de capital para manter estoques e obras, e com juros mais altos, o crédito fica mais caro.

Já setores como energia, saneamento e óleo & gás são menos afetados, pois têm uma demanda mais estável e dependem menos de crédito.

Impacto nos financiamentos imobiliários

A Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), prevê que as concessões de crédito pelo SBPE (poupança) caiam 17% em 2025, com um volume de financiamentos entre R$ 150 bilhões e R$ 160 bilhões.

A alta dos juros fez com que os investidores buscassem alternativas mais rentáveis, diminuindo os depósitos na poupança e, assim, reduzindo os recursos disponíveis para os financiamentos imobiliários.

Dicas para consumidores e empresas

Em um cenário de Selic projetada em 15% ao ano, planejamento e disciplina são essenciais. Com informações claras e decisões conscientes, é possível equilibrar as finanças e aproveitar oportunidades de crédito mesmo em momentos de juros elevados.

● Compare taxas e prazos: pesquise antes de contratar um financiamento.

● Aumente a entrada: quanto maior o valor inicial, menor será o saldo a ser financiado e o impacto dos juros.

● Reduza o prazo: parcelas mais curtas diminuem o custo total do empréstimo.

● Consumo consciente: evite iniciar novas dívidas que comprometam demais o orçamento.

● Educação financeira: entenda seu limite de pagamento e mantenha reserva de emergência para imprevistos.

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Atualizado em 17-07-2025

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por Equipe Santander Financiamentos

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